domingo, 24 de outubro de 2021

Deficiências na Mineralização Óssea: Entenda o Raquitismo e a Osteomalácia

   O raquitismo e a osteomalácia são distúrbios ósseos caracterizados por falhas na mineralização, resultando em ossos mais frágeis e suscetíveis a deformidades. O raquitismo ocorre em crianças e está relacionado a anormalidades na formação da placa epifisária de crescimento, levando a áreas não mineralizadas, desorganização celular e atraso na maturação óssea. Já a osteomalácia afeta principalmente adultos e se caracteriza pela deficiência na mineralização da matriz osteoide do osso cortical e trabecular, resultando no acúmulo de tecido osteoide pouco mineralizado.

Ambas as condições compartilham causas semelhantes, sendo a principal a baixa disponibilidade de cálcio e fósforo, minerais essenciais para a rigidez óssea. Essa deficiência pode ser decorrente da má absorção intestinal, dietas inadequadas ou da insuficiência de vitamina D, que desempenha um papel fundamental na regulação desses minerais. Outras causas incluem doenças renais crônicas, distúrbios gastrointestinais que comprometem a absorção de nutrientes e o uso prolongado de certos medicamentos, como anticonvulsivantes.

Os sinais clínicos incluem dor óssea, fraqueza muscular, fadiga e maior predisposição a fraturas. Em crianças, o raquitismo pode levar a deformidades esqueléticas, como arqueamento das pernas e alterações no crescimento. Em adultos, a osteomalácia pode causar dor generalizada e dificuldades de locomoção. O diagnóstico envolve exames físicos, testes de sensibilidade óssea para avaliar o grau de amolecimento e exames laboratoriais para medir os níveis de cálcio, fósforo e vitamina D. Radiografias e densitometria óssea também podem ser utilizadas para avaliar a estrutura óssea.

O tratamento visa corrigir as deficiências nutricionais e melhorar a saúde óssea. A suplementação com cálcio, fósforo e vitamina D é essencial para restabelecer o equilíbrio mineral. Além disso, a exposição regular à luz solar é recomendada para estimular a produção natural de vitamina D pelo organismo.


A fisioterapia desempenha um papel fundamental na reabilitação dos pacientes, auxiliando no fortalecimento muscular, melhora do equilíbrio e prevenção de deformidades e quedas. Exercícios específicos podem ajudar a reduzir a dor, melhorar a mobilidade e restaurar a funcionalidade dos membros afetados. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de órteses para corrigir desalinhamentos ósseos e evitar complicações.

O acompanhamento médico contínuo é essencial para monitorar a resposta ao tratamento e prevenir recidivas. Com um diagnóstico precoce e um tratamento adequado, é possível melhorar a qualidade de vida do paciente e minimizar os impactos dessas condições na estrutura óssea e na mobilidade.

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