O traumatismo cranioencefálico (TCE) acompanha a história da humanidade desde os tempos mais remotos. A incidência dessa condição tem aumentado de forma proporcional ao avanço tecnológico e à modernização da sociedade.
O manejo clínico do TCE ainda gera controvérsias mesmo nos principais centros de referência mundial, sendo o tratamento fundamentado no entendimento das lesões cerebrais primárias e secundárias.
As lesões primárias correspondem aos efeitos imediatos e, muitas vezes, irreversíveis causados pela dissipação de energia no interior do tecido cerebral. Grande parte desses eventos ocorre em poucos segundos após o impacto ou penetração, resultando em rupturas diretas de neurônios e células gliais. Essas lesões são mais bem compreendidas quando classificadas em dois tipos: focais, que incluem hematomas, contusões, lacerações e hemorragias; ou difusas, que apresentam características distintas.