Diversos íons e outros fatores químicos podem influenciar a dilatação ou contração dos vasos sanguíneos locais. Embora muitos tenham papel limitado na regulação geral da circulação, alguns apresentam efeitos específicos:
1. O aumento da concentração de íons cálcio induz a vasoconstrição, devido ao efeito geral do cálcio em estimular a contração do músculo liso.
2. Dentro dos limites fisiológicos, um aumento na concentração de íons potássio promove vasodilatação, pois os íons potássio inibem a contração do músculo liso.
3. A elevação dos níveis de íons magnésio causa vasodilatação intensa, já que os íons magnésio interferem na contração do músculo liso.
4. Um aumento na concentração de íons hidrogênio (redução do pH) resulta na dilatação das arteríolas, enquanto uma leve diminuição dos íons hidrogênio favorece a constrição das arteríolas.
5. Ânions como acetato e citrato também têm influência nos vasos sanguíneos, provocando graus leves de vasodilatação.
6. O aumento da concentração de dióxido de carbono gera vasodilatação moderada na maioria dos tecidos, mas no cérebro essa vasodilatação é mais acentuada. Além disso, o dióxido de carbono presente no sangue, ao atuar sobre o centro vasomotor cerebral, pode desencadear um efeito indireto significativo, resultando em vasoconstrição generalizada mediada pelo sistema nervoso simpático.
Vale destacar que grande parte dos vasodilatadores e vasoconstritores apresenta impacto limitado no fluxo sanguíneo a longo prazo, a menos que alterem significativamente a intensidade metabólica dos tecidos. Na maioria das situações, o fluxo sanguíneo tecidual e o débito cardíaco (correspondente à soma do fluxo em todos os tecidos) permanecem pouco alterados, exceto em estudos experimentais envolvendo infusões prolongadas de grandes quantidades de agentes como a angiotensina II (vasoconstritor potente) ou a bradicinina (vasodilatador). Mesmo assim, os efeitos tendem a ser transitórios.