segunda-feira, 6 de março de 2023

Complicações Pós-Operatórias: Impacto, Fatores de Risco e Importância da Fisioterapia na Recuperação Cirúrgica

     Estudos indicam que 65,6% dos pacientes do sexo feminino, com média de idade de 46 anos, ainda enfrentam complicações no pós-operatório, mesmo com os avanços nos cuidados pré-operatórios. Entre essas complicações, os problemas pulmonares são os segundos mais frequentes, ficando atrás apenas das infecções no local da cirurgia. Essas condições aumentam a taxa de mortalidade antes da cirurgia e representam uma das principais causas de complicações e óbitos no período pós-operatório.


A ocorrência de complicações pulmonares pode variar entre 2% e 40%, dependendo dos fatores de risco do paciente e do tipo de procedimento realizado. As principais complicações incluem insuficiência respiratória, pneumonia, necessidade de reintubação traqueal dentro de 48 horas ou intubação prolongada devido à ventilação mecânica, atelectasia, broncoespasmo, agravamento da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), pneumotórax e derrame pleural. Esses problemas são mais comuns em cirurgias torácicas e abdominais, com incidência variando entre 12% e 70%.


A fisioterapia no período pós-anestésico pode trazer benefícios significativos para pacientes submetidos a cirurgias abdominais. Estudos mostram que aqueles que recebem atendimento fisioterapêutico precoce apresentam menor variação na função pulmonar e na força muscular respiratória em comparação aos que não recebem essa assistência. Diversos fatores podem influenciar as complicações pós-operatórias, incluindo a própria intervenção cirúrgica na região abdominal, que tem sido associada a um risco maior de complicações quando comparada a cirurgias torácicas e cardíacas.


Principais tipos de cirurgias:


Colecistectomia – remoção da vesícula biliar;


Apendicectomia – retirada do apêndice inflamado ou infectado;


Colectomia – remoção parcial ou total do intestino grosso;


Gastrectomia – remoção parcial ou completa do estômago;


Esofagectomia – remoção de parte do esôfago;


Gastroplastia – também conhecida como cirurgia bariátrica, destinada à redução do estômago para o tratamento da obesidade;


Abdominoplastia – procedimento estético para retirada do excesso de pele e gordura na região abdominal.

Com base nas informações apresentadas, fica evidente que, apesar dos avanços nos cuidados pré-operatórios, as complicações no pós-operatório continuam sendo um grande desafio, especialmente as pulmonares. Essas complicações podem aumentar significativamente a morbimortalidade, especialmente em cirurgias torácicas e abdominais, exigindo estratégias eficazes para minimizar seus impactos.


A adoção de intervenções como a fisioterapia precoce tem se mostrado benéfica para a recuperação dos pacientes, ajudando a reduzir variações na função pulmonar e na força muscular respiratória. Além disso, compreender os fatores de risco individuais e os desafios específicos de cada procedimento cirúrgico é essencial para otimizar os cuidados e melhorar os desfechos clínicos. Dessa forma, aprimorar protocolos de prevenção e assistência no pós-operatório é fundamental para garantir uma recuperação mais segura e eficaz aos pacientes submetidos a intervenções cirúrgicas.



segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Fisioterapia Respiratória: Exames, Manobras e Benefícios

    
Antes de abordar as etapas do exame auditivo pulmonar, é essencial compreender como ocorre o deslocamento dos gases no sistema respiratório. Para isso, é fundamental analisar os volumes pulmonares estáticos. A quantidade de ar que entra durante a inspiração e sai durante a expiração em uma respiração normal é denominada volume corrente (VC). Quando uma pessoa realiza uma inspiração máxima seguida de uma expiração máxima, o ar expirado é chamado de capacidade vital (CV). Já o volume de ar que permanece nos pulmões após essa expiração máxima é conhecido como volume residual (VR), enquanto o volume que permanece nos pulmões após uma respiração tranquila é denominado capacidade residual funcional (CRF).




As doenças respiratórias afetam diretamente tanto os volumes pulmonares dinâmicos quanto os estáticos, comprometendo a mecânica respiratória. Com isso em mente, passamos para a próxima etapa, que é essencial para o fisioterapeuta na avaliação das disfunções respiratórias e na escolha do tratamento mais adequado. A semiologia respiratória é composta por quatro etapas principais: exame físico do sistema respiratório, ausculta pulmonar, avaliação de sinais e sintomas e radiografia de tórax.

1. Exame Físico do Sistema Respiratório

O primeiro passo da avaliação é a inspeção, que consiste na observação do tórax sem interferência no padrão respiratório do paciente. Nessa etapa, analisam-se a utilização dos músculos respiratórios, presença de retrações, simetria torácica, deformidades e aumento do diâmetro do tórax. Além disso, é importante verificar a presença de cianose e sinais como baqueteamento digital (hipocratismo digital), bem como deformidades torácicas menos comuns, como pectus excavatum e pectus carinatum.

A inspeção também inclui a avaliação da frequência respiratória, identificando casos de taquipneia ou bradipneia, além da análise do ritmo respiratório, como os padrões de Cheyne-Stokes, Biot e Kussmaul. Também se verifica a presença de sinais de insuficiência respiratória, como taquipneia com uso de musculatura acessória, tiragem intercostal e respiração paradoxal. Esses aspectos serão abordados em detalhes nos capítulos relacionados à fisioterapia em pacientes neurológicos e com insuficiência respiratória.

Após a inspeção, realiza-se a palpação, que consiste na avaliação tátil das estruturas cervicais e torácicas para detectar a presença de contraturas nos músculos acessórios da respiração (como esternocleidomastoideo e escalenos), atrofias, enfisema subcutâneo e alterações nos gânglios linfáticos. A sensibilidade torácica também é avaliada, sendo útil, por exemplo, na investigação de fraturas costais, diferenciando se a dor é de origem palpatória ou não. A elasticidade torácica é analisada posicionando uma mão na região posterior e outra na região anterior do tórax, observando a resistência durante a aproximação das mãos.


A expansibilidade torácica é examinada em diferentes regiões do pulmão (lobos superior, médio e inferior), verificando se há simetria na movimentação e distribuição do ar. Além disso, o frêmito toracovocal é avaliado por meio da colocação das mãos sobre o tórax para perceber a propagação do som através da parede torácica e do parênquima pulmonar, auxiliando na identificação de possíveis alterações.

Na sequência, realiza-se a percussão, uma técnica que permite avaliar rapidamente a presença de anormalidades pulmonares através da propagação do som pelos tecidos. Os tipos de percussão incluem:

Som claro pulmonar: presente em pulmões saudáveis e em condições brônquicas sem comprometimento do parênquima pulmonar;

Macicez: ocorre em casos como atelectasias, pneumonias extensas, infartos pulmonares, tumores, esclerose pulmonar ou derrames pleurais volumosos;

Submacicez: indica presença de líquido ou condensação associada a ar, sem atingir o nível de macicez;

Som timpânico: observado em situações como enfisema pulmonar e pneumotórax, onde há pouca ou nenhuma interposição de tecido pulmonar.


Por fim, a última etapa do exame físico pulmonar é a ausculta, que avalia os sons respiratórios. Os principais sons auscultados incluem:

Traqueal: forte, duro e oco, com alto volume, presente durante toda a respiração (inspiração e expiração);

Bronquial: ouvido sobre o manúbrio esternal, forte, porém menos intenso que o traqueal, com som oco e de alto volume, presente durante todo o ciclo respiratório;

Broncovesicular: auscultado sobre os brônquios principais, de volume médio e presente em toda a respiração;

Vesicular: som mais suave, de baixo volume, predominante na inspiração e no início da expiração, auscultado na periferia pulmonar.



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2. Manobras Fisioterapêuticas e Benefícios

Após a avaliação, o fisioterapeuta pode empregar diversas manobras fisioterapêuticas para melhorar a função respiratória do paciente. Algumas das principais técnicas incluem:

2.1. Manobras de Expansão Pulmonar

Essas técnicas visam melhorar a ventilação pulmonar e incluem:

Respiração Diafragmática: estimula a ativação do diafragma, promovendo uma ventilação mais eficiente.

Inspiração Fracionada: favorece uma maior entrada de ar nos pulmões, útil em pacientes com hipoventilação.

Expansão Costal Dirigida: melhora a mobilidade torácica e otimiza a distribuição do ar.


Benefícios:
✔️ Aumento da capacidade pulmonar
✔️ Melhoria da oxigenação
✔️ Redução do esforço respiratório

2.2. Técnicas de Remoção de Secreções

Essas manobras auxiliam na eliminação do muco e incluem:

Drenagem Postural: utiliza a gravidade para facilitar a saída de secreções.

Tapotagem e Vibração: estimula a mobilização do muco.

Tosse Dirigida e Huffing: favorecem a expectoração eficaz.


Benefícios:
✔️ Melhora na eliminação de secreções
✔️ Prevenção de infecções pulmonares
✔️ Redução da resistência das vias aéreas

2.3. Técnicas de Reexpansão Pulmonar

Indicadas para pacientes com atelectasias ou comprometimento da ventilação:

Pressão Expiratória Positiva (PEP): melhora a ventilação alveolar.

Inspiração Sustentada Máxima: ajuda na reexpansão pulmonar.


Benefícios:
✔️ Melhora na ventilação alveolar
✔️ Redução do risco de complicações pulmonares

2.4. Exercícios Respiratórios

Atuam na reeducação da mecânica respiratória, como:

Treinamento Muscular Inspiratório: fortalece os músculos da respiração.

Respiração com os Lábios Semi-Fechados: reduz a dispneia e melhora a ventilação.


Benefícios:
✔️ Aumento da resistência muscular respiratória
✔️ Redução da fadiga respiratória


sexta-feira, 9 de setembro de 2022

Oque é TCE

O traumatismo cranioencefálico (TCE) acompanha a história da humanidade desde os tempos mais remotos. A incidência dessa condição tem aumentado de forma proporcional ao avanço tecnológico e à modernização da sociedade.


O manejo clínico do TCE ainda gera controvérsias mesmo nos principais centros de referência mundial, sendo o tratamento fundamentado no entendimento das lesões cerebrais primárias e secundárias.


As lesões primárias correspondem aos efeitos imediatos e, muitas vezes, irreversíveis causados pela dissipação de energia no interior do tecido cerebral. Grande parte desses eventos ocorre em poucos segundos após o impacto ou penetração, resultando em rupturas diretas de neurônios e células gliais. Essas lesões são mais bem compreendidas quando classificadas em dois tipos: focais, que incluem hematomas, contusões, lacerações e hemorragias; ou difusas, que apresentam características distintas.



segunda-feira, 15 de agosto de 2022

Oque é a fisiologia da contração muscular

Claro! Aqui está uma versão reescrita, garantindo originalidade e clareza:


A fisiologia é responsável por compreender os fatores físicos e químicos que sustentam a organização, o desenvolvimento e a continuidade da vida. No contexto humano, ela explora os mecanismos e características que tornam possível o funcionamento do corpo como um organismo vivo.

Nosso estado de sobrevivência está, muitas vezes, fora do controle consciente. Sensações como fome nos incentivam a buscar alimento, o medo nos conduz à proteção, e o frio nos leva a procurar calor. Além disso, forças internas nos direcionam a formar vínculos e nos reproduzir. Assim, o ser humano funciona como um sistema quase autônomo, e nossas sensações, emoções e capacidade de adquirir conhecimento fazem parte de uma cadeia natural que sustenta a vida. Essas características únicas nos permitem viver em ambientes extremamente diversos e adversos, onde a sobrevivência seria improvável sem esses atributos.

A seguir, vamos explorar a fisiologia da contração muscular, um processo que ocorre em etapas organizadas. Ele começa com um sinal elétrico, conhecido como potencial de ação, que se propaga através de um nervo motor até suas terminações localizadas nas fibras musculares. Nessa região, o nervo libera um neurotransmissor chamado acetilcolina, que interage com a membrana da fibra muscular, ativando canais específicos regulados por essa substância.

A ativação desses canais permite a entrada de íons sódio na fibra muscular, desencadeando um novo potencial de ação que percorre toda a membrana da fibra. Esse sinal elétrico também se estende para as áreas mais internas da célula muscular, onde estimula o retículo sarcoplasmático a liberar íons cálcio previamente armazenados.

Os íons cálcio desempenham um papel fundamental, promovendo a interação entre os filamentos de actina e miosina, que deslizam uns sobre os outros e geram a contração muscular. Após essa etapa, os íons cálcio são rapidamente retirados das miofibrilas e retornam ao retículo sarcoplasmático, onde ficam armazenados até que um novo estímulo ocorra. Esse retorno dos íons marca o fim do processo de contração.

Para facilitar a compreensão, aqui está um link explicativo sobre a bomba de sódio e potássio, um mecanismo essencial para entender como ocorre a contração muscular: 

 LINK: https://goldfisio.blogspot.com/2017/11/a-atividade-da-bomba-de-sodio.html

domingo, 24 de julho de 2022

"Estrutura e Função do Membro Inferior: Ossos e Articulações do Quadril"

O membro inferior está localizado abaixo da cintura pélvica, também chamada de cíngulo do membro inferior. Suas principais funções são a locomoção e a sustentação das estruturas corporais. Ele é composto pelos seguintes ossos: quadril, fêmur, patela, tíbia, fíbula e os ossos do pé.


O osso do quadril é subdividido em três partes: ílio, ísquio e púbis. O ílio, em sua porção superior, apresenta a crista ilíaca. Cada osso ilíaco se articula medialmente com o sacro por meio da face auricular do osso ilíaco.

A maior parte do osso ilíaco, que se estende da articulação sacro-ilíaca até a crista ilíaca, é chamada de asa do ilíaco. A região posterior dessa asa forma a face glútea, onde se encontram as linhas glúteas posterior, anterior e inferior, locais de inserção dos músculos glúteos máximo, médio e mínimo.


Na parte posterior do osso ilíaco, logo abaixo da crista ilíaca, localiza-se a espinha ilíaca póstero-superior. Abaixo dela, encontra-se a espinha ilíaca póstero-inferior. A espinha ilíaca póstero-superior possui relevância clínica, pois serve como referência para a identificação do espaço entre a terceira e a quarta vértebra lombar, onde se realiza a aplicação da raquianestesia.

Abaixo da espinha ilíaca póstero-inferior, na transição entre o ílio e o ísquio, há uma depressão chamada incisura isquiática maior, que termina em uma pequena protuberância denominada espinha isquiática. Abaixo dessa espinha, encontra-se outra reentrância, a incisura isquiática menor, que se encerra em uma elevação curva conhecida como tuberosidade isquiática.

quarta-feira, 20 de julho de 2022

Dermátomos e a vascularização da coluna lombar

 O dermátomo é a área da pele inervada por uma única raiz nervosa dorsal, sendo nomeado de acordo com a raiz que o supre. Existe uma sobreposição significativa entre dermátomos adjacentes, tornando seus limites imprecisos. Na região lombar, a inervação abrange a parte inferior do abdômen, os órgãos sexuais e os membros inferiores. O conhecimento dos dermátomos é essencial na avaliação clínica, pois permite identificar lesões neurológicas e orientar condutas terapêuticas, incluindo estratégias da fisioterapia.

A vascularização da coluna vertebral não segue um padrão completamente regular, embora haja certa uniformidade no suprimento sanguíneo entre a segunda vértebra torácica e a quinta vértebra lombar. Esse suprimento ocorre por meio de uma artéria segmentar originada da aorta. Cada vértebra recebe nutrientes por meio dos ramos central anterior, central posterior, pré-laminar e pós-laminar. Os ramos centrais provêm de vasos externos à coluna vertebral, enquanto os ramos laminares derivam dos ramos espinhais que penetram pelo forame intervertebral, sendo responsáveis pela maior parte da nutrição do corpo vertebral e do arco vertebral na região médio-vertebral.

Na fisioterapia, o estudo dos dermátomos e da vascularização da coluna é fundamental para a reabilitação de pacientes com disfunções neuromusculares e ortopédicas. Técnicas como mobilização neural, eletroterapia e terapia manual podem ser aplicadas para reduzir dores neuropáticas e melhorar a função motora. Além disso, exercícios terapêuticos são indicados para restaurar a mobilidade e prevenir complicações associadas a lesões na coluna. A abordagem fisioterapêutica busca não apenas tratar os sintomas, mas também melhorar a qualidade de vida e a funcionalidade dos pacientes.

segunda-feira, 11 de julho de 2022

Onde se localiza o plexo lombossacral

 O plexo lombar fica localizado no interior do musculo psoas, é a porção superior do plexo lombassacral,  É geralmente formado pelas divisões anteriores dos três primeiros nervos lombares e parte do quarto e em  50% dos casos ele recebe uma contribuição do ultimo nervo torácico.

  Os nervos L1,L2 e L4 dividem-se em superior e inferior e o ramo superior de L1 forma-se os nervos ilio-hipogastrico e ilioinguinal. O ramo inferior de L1 une-se ao ramo superior de L2 para formar o nervo gênito-femoral, o ramo inferior de L4 une-se a L5 para formar o tronco lombossacral. O ramo inferior de L2, todos de L3 e o ramo superior de L4 dividem-se, cada um deles, em divisão anterior, menor, e divisão posterior . As três divisões anterior unem-se para formar o nervo obturatório, e as três divisões posteriores unem-se para formar o nervo femoral, e as duas superior fornecem ramos que formam o nervo cutâneo lateral da coxa e os ramos motores colaterais  inervam o músculo quadrado lombar a partir de L1 e L4, e o músculo psoas a partir de L2 e L3 eu sei que fico  meio confuso mais logo a baixo terá uma imagem ilustrativa  para que vocês possam compreender melhor.

O nervo femoral é o maior ramo do plexo lombar , origina-se das três divisões posteriores do plexo , que são derivadas do segundo, terceiro e quarto nervo lombares . OS ramos motores que inervam os músculos sartório, pectíneo e quadríceps femoral, os ramos sensitivos  compreendem os ramos cutâneos anteriores da coxa para a superfície Anteromedial de coxa e o nervo safeno para o lado medial da perna e pé 
Os nervos sacrais são cinco pares de nervos espinhais derivados de segmentos da medula espinhal, localizados em posição oposta aos corpos da décima segunda vertebra torácica e  primeira lombar, As quatro divisões primarias, posteriores e superiores passam através dos forames sacrais posteriores, com a quinta divisão emergindo entre o sacro e o cóccix . As três superiores dividem-se em dois conjuntos de ramos: ramos mediais , que são distribuídos para os músculos  multifidos, e ramos laterais, que se tornam nervos glúteos mediais e inervam a pele da parte medial do glúteo máximo.
   A porção sacral do plexo lombossacral  localiza-se fazendo face ao músculo piriforme sobre a parede  posterior da pelve, em frente a ele estão o colo pélvico, os vasos hipogástricos e o ureter, geralmente  origina-se por meio de cinco raízes do plexo, formadas pelas divisões  primárias anteriores do quinto  nervo e arte  do quarto nervo lombar ( tronco lombossacral) e o  primeiro, juntamente com parte segundo e terceiro nervo sacral , um ramo terminal principal, que é o  nervo isquiático, e vários ramos colaterais são formados pelo plexo.
   Cada uma das cinco raízes do plexo divide-se em uma divisão anterior e posterior, as quatro divisões superiores posteriores juntam-se para formar o nervo fibular comum as cinco divisões anteriores ( L4, L5, S1, S2, S3) reúnem-se para formar o nervo tibial
   O nervo glúteo superior passa acima do músculo piriforme, através do forame isquiático maior em  direção as nádegas, onde  inerva os músculos, glúteo médio e mínimo e o músculo tensor da fáscia lata. O nervo glúteo medial inferior passa abaixo do músculo piriforme, através do forame isquiático maior, em direção ao músculo piriforme e deixa fibras de S1 e S2; O nervo glúteo medial inferior  atravessa o ligamento sacrotuberal e se distribui para a região glútea medial inferior , o nervo cutâneo posterior da coxa  possui ramos perineais que se dirigem para a pele da superfície medial superior da coxa e para a pele do escroto ou lábio maior , já os nervos glúteo inferiores estendem-se para a  região lateral inferior, e os ramos cutâneos da coxa , para a porção posterior da coxa em direção ao lado medial. 
  O nervo isquiático é o maior nervo do corpo, ele consiste em dois nervos reunidos por uma mesma bainha : o nervo fibular comum , que inerva a pele da superfície dorsal inferior da perna, o maléolo externo e o lado lateral do pé e o quinto dedo e o nervo tibial, maior componente do nervo isquiático na coxa, que inerva os músculos gastrocnêmico, plantar, sólio, poplíteo, tibial posterior, flexor longo dos dedos do pé e flexor longo do hálux, porem o nervo isquiático é sede frequente de lesões que implicam em lombalgias, logo á baixo terá uma imagem ilustrativa para que você veja os músculos que são inervados pelo plexo sacral.


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