sexta-feira, 9 de setembro de 2022

Oque é TCE

O traumatismo cranioencefálico (TCE) acompanha a história da humanidade desde os tempos mais remotos. A incidência dessa condição tem aumentado de forma proporcional ao avanço tecnológico e à modernização da sociedade.


O manejo clínico do TCE ainda gera controvérsias mesmo nos principais centros de referência mundial, sendo o tratamento fundamentado no entendimento das lesões cerebrais primárias e secundárias.


As lesões primárias correspondem aos efeitos imediatos e, muitas vezes, irreversíveis causados pela dissipação de energia no interior do tecido cerebral. Grande parte desses eventos ocorre em poucos segundos após o impacto ou penetração, resultando em rupturas diretas de neurônios e células gliais. Essas lesões são mais bem compreendidas quando classificadas em dois tipos: focais, que incluem hematomas, contusões, lacerações e hemorragias; ou difusas, que apresentam características distintas.



segunda-feira, 15 de agosto de 2022

Oque é a fisiologia da contração muscular

Claro! Aqui está uma versão reescrita, garantindo originalidade e clareza:


A fisiologia é responsável por compreender os fatores físicos e químicos que sustentam a organização, o desenvolvimento e a continuidade da vida. No contexto humano, ela explora os mecanismos e características que tornam possível o funcionamento do corpo como um organismo vivo.

Nosso estado de sobrevivência está, muitas vezes, fora do controle consciente. Sensações como fome nos incentivam a buscar alimento, o medo nos conduz à proteção, e o frio nos leva a procurar calor. Além disso, forças internas nos direcionam a formar vínculos e nos reproduzir. Assim, o ser humano funciona como um sistema quase autônomo, e nossas sensações, emoções e capacidade de adquirir conhecimento fazem parte de uma cadeia natural que sustenta a vida. Essas características únicas nos permitem viver em ambientes extremamente diversos e adversos, onde a sobrevivência seria improvável sem esses atributos.

A seguir, vamos explorar a fisiologia da contração muscular, um processo que ocorre em etapas organizadas. Ele começa com um sinal elétrico, conhecido como potencial de ação, que se propaga através de um nervo motor até suas terminações localizadas nas fibras musculares. Nessa região, o nervo libera um neurotransmissor chamado acetilcolina, que interage com a membrana da fibra muscular, ativando canais específicos regulados por essa substância.

A ativação desses canais permite a entrada de íons sódio na fibra muscular, desencadeando um novo potencial de ação que percorre toda a membrana da fibra. Esse sinal elétrico também se estende para as áreas mais internas da célula muscular, onde estimula o retículo sarcoplasmático a liberar íons cálcio previamente armazenados.

Os íons cálcio desempenham um papel fundamental, promovendo a interação entre os filamentos de actina e miosina, que deslizam uns sobre os outros e geram a contração muscular. Após essa etapa, os íons cálcio são rapidamente retirados das miofibrilas e retornam ao retículo sarcoplasmático, onde ficam armazenados até que um novo estímulo ocorra. Esse retorno dos íons marca o fim do processo de contração.

Para facilitar a compreensão, aqui está um link explicativo sobre a bomba de sódio e potássio, um mecanismo essencial para entender como ocorre a contração muscular: 

 LINK: https://goldfisio.blogspot.com/2017/11/a-atividade-da-bomba-de-sodio.html

domingo, 24 de julho de 2022

"Estrutura e Função do Membro Inferior: Ossos e Articulações do Quadril"

O membro inferior está localizado abaixo da cintura pélvica, também chamada de cíngulo do membro inferior. Suas principais funções são a locomoção e a sustentação das estruturas corporais. Ele é composto pelos seguintes ossos: quadril, fêmur, patela, tíbia, fíbula e os ossos do pé.


O osso do quadril é subdividido em três partes: ílio, ísquio e púbis. O ílio, em sua porção superior, apresenta a crista ilíaca. Cada osso ilíaco se articula medialmente com o sacro por meio da face auricular do osso ilíaco.

A maior parte do osso ilíaco, que se estende da articulação sacro-ilíaca até a crista ilíaca, é chamada de asa do ilíaco. A região posterior dessa asa forma a face glútea, onde se encontram as linhas glúteas posterior, anterior e inferior, locais de inserção dos músculos glúteos máximo, médio e mínimo.


Na parte posterior do osso ilíaco, logo abaixo da crista ilíaca, localiza-se a espinha ilíaca póstero-superior. Abaixo dela, encontra-se a espinha ilíaca póstero-inferior. A espinha ilíaca póstero-superior possui relevância clínica, pois serve como referência para a identificação do espaço entre a terceira e a quarta vértebra lombar, onde se realiza a aplicação da raquianestesia.

Abaixo da espinha ilíaca póstero-inferior, na transição entre o ílio e o ísquio, há uma depressão chamada incisura isquiática maior, que termina em uma pequena protuberância denominada espinha isquiática. Abaixo dessa espinha, encontra-se outra reentrância, a incisura isquiática menor, que se encerra em uma elevação curva conhecida como tuberosidade isquiática.

quarta-feira, 20 de julho de 2022

Dermátomos e a vascularização da coluna lombar

 O dermátomo é a área da pele inervada por uma única raiz nervosa dorsal, sendo nomeado de acordo com a raiz que o supre. Existe uma sobreposição significativa entre dermátomos adjacentes, tornando seus limites imprecisos. Na região lombar, a inervação abrange a parte inferior do abdômen, os órgãos sexuais e os membros inferiores. O conhecimento dos dermátomos é essencial na avaliação clínica, pois permite identificar lesões neurológicas e orientar condutas terapêuticas, incluindo estratégias da fisioterapia.

A vascularização da coluna vertebral não segue um padrão completamente regular, embora haja certa uniformidade no suprimento sanguíneo entre a segunda vértebra torácica e a quinta vértebra lombar. Esse suprimento ocorre por meio de uma artéria segmentar originada da aorta. Cada vértebra recebe nutrientes por meio dos ramos central anterior, central posterior, pré-laminar e pós-laminar. Os ramos centrais provêm de vasos externos à coluna vertebral, enquanto os ramos laminares derivam dos ramos espinhais que penetram pelo forame intervertebral, sendo responsáveis pela maior parte da nutrição do corpo vertebral e do arco vertebral na região médio-vertebral.

Na fisioterapia, o estudo dos dermátomos e da vascularização da coluna é fundamental para a reabilitação de pacientes com disfunções neuromusculares e ortopédicas. Técnicas como mobilização neural, eletroterapia e terapia manual podem ser aplicadas para reduzir dores neuropáticas e melhorar a função motora. Além disso, exercícios terapêuticos são indicados para restaurar a mobilidade e prevenir complicações associadas a lesões na coluna. A abordagem fisioterapêutica busca não apenas tratar os sintomas, mas também melhorar a qualidade de vida e a funcionalidade dos pacientes.

segunda-feira, 11 de julho de 2022

Onde se localiza o plexo lombossacral

 O plexo lombar fica localizado no interior do musculo psoas, é a porção superior do plexo lombassacral,  É geralmente formado pelas divisões anteriores dos três primeiros nervos lombares e parte do quarto e em  50% dos casos ele recebe uma contribuição do ultimo nervo torácico.

  Os nervos L1,L2 e L4 dividem-se em superior e inferior e o ramo superior de L1 forma-se os nervos ilio-hipogastrico e ilioinguinal. O ramo inferior de L1 une-se ao ramo superior de L2 para formar o nervo gênito-femoral, o ramo inferior de L4 une-se a L5 para formar o tronco lombossacral. O ramo inferior de L2, todos de L3 e o ramo superior de L4 dividem-se, cada um deles, em divisão anterior, menor, e divisão posterior . As três divisões anterior unem-se para formar o nervo obturatório, e as três divisões posteriores unem-se para formar o nervo femoral, e as duas superior fornecem ramos que formam o nervo cutâneo lateral da coxa e os ramos motores colaterais  inervam o músculo quadrado lombar a partir de L1 e L4, e o músculo psoas a partir de L2 e L3 eu sei que fico  meio confuso mais logo a baixo terá uma imagem ilustrativa  para que vocês possam compreender melhor.

O nervo femoral é o maior ramo do plexo lombar , origina-se das três divisões posteriores do plexo , que são derivadas do segundo, terceiro e quarto nervo lombares . OS ramos motores que inervam os músculos sartório, pectíneo e quadríceps femoral, os ramos sensitivos  compreendem os ramos cutâneos anteriores da coxa para a superfície Anteromedial de coxa e o nervo safeno para o lado medial da perna e pé 
Os nervos sacrais são cinco pares de nervos espinhais derivados de segmentos da medula espinhal, localizados em posição oposta aos corpos da décima segunda vertebra torácica e  primeira lombar, As quatro divisões primarias, posteriores e superiores passam através dos forames sacrais posteriores, com a quinta divisão emergindo entre o sacro e o cóccix . As três superiores dividem-se em dois conjuntos de ramos: ramos mediais , que são distribuídos para os músculos  multifidos, e ramos laterais, que se tornam nervos glúteos mediais e inervam a pele da parte medial do glúteo máximo.
   A porção sacral do plexo lombossacral  localiza-se fazendo face ao músculo piriforme sobre a parede  posterior da pelve, em frente a ele estão o colo pélvico, os vasos hipogástricos e o ureter, geralmente  origina-se por meio de cinco raízes do plexo, formadas pelas divisões  primárias anteriores do quinto  nervo e arte  do quarto nervo lombar ( tronco lombossacral) e o  primeiro, juntamente com parte segundo e terceiro nervo sacral , um ramo terminal principal, que é o  nervo isquiático, e vários ramos colaterais são formados pelo plexo.
   Cada uma das cinco raízes do plexo divide-se em uma divisão anterior e posterior, as quatro divisões superiores posteriores juntam-se para formar o nervo fibular comum as cinco divisões anteriores ( L4, L5, S1, S2, S3) reúnem-se para formar o nervo tibial
   O nervo glúteo superior passa acima do músculo piriforme, através do forame isquiático maior em  direção as nádegas, onde  inerva os músculos, glúteo médio e mínimo e o músculo tensor da fáscia lata. O nervo glúteo medial inferior passa abaixo do músculo piriforme, através do forame isquiático maior, em direção ao músculo piriforme e deixa fibras de S1 e S2; O nervo glúteo medial inferior  atravessa o ligamento sacrotuberal e se distribui para a região glútea medial inferior , o nervo cutâneo posterior da coxa  possui ramos perineais que se dirigem para a pele da superfície medial superior da coxa e para a pele do escroto ou lábio maior , já os nervos glúteo inferiores estendem-se para a  região lateral inferior, e os ramos cutâneos da coxa , para a porção posterior da coxa em direção ao lado medial. 
  O nervo isquiático é o maior nervo do corpo, ele consiste em dois nervos reunidos por uma mesma bainha : o nervo fibular comum , que inerva a pele da superfície dorsal inferior da perna, o maléolo externo e o lado lateral do pé e o quinto dedo e o nervo tibial, maior componente do nervo isquiático na coxa, que inerva os músculos gastrocnêmico, plantar, sólio, poplíteo, tibial posterior, flexor longo dos dedos do pé e flexor longo do hálux, porem o nervo isquiático é sede frequente de lesões que implicam em lombalgias, logo á baixo terá uma imagem ilustrativa para que você veja os músculos que são inervados pelo plexo sacral.


domingo, 22 de maio de 2022

Como o Sangue Retorna ao Coração: A Importância do Sistema Venoso e Linfático das Pernas


Introdução

O sistema circulatório do membro inferior é fundamental para o retorno venoso e a drenagem linfática, prevenindo edemas, varizes e outras disfunções vasculares. Problemas como insuficiência venosa crônica, linfedema e trombose venosa profunda podem comprometer a circulação e a qualidade de vida. A fisioterapia vascular desempenha um papel essencial na reabilitação, promovendo a melhora da circulação e da drenagem linfática.

Sistema Venoso do Membro Inferior

A drenagem venosa do membro inferior divide-se em dois sistemas: profundo e superficial, conectados por veias perfurantes que regulam o fluxo sanguíneo.


Sistema Venoso Profundo

O sistema profundo inicia-se no pé, onde as veias tibiais anteriores e posteriores convergem para formar a veia poplítea, localizada atrás do joelho. Essa veia continua como veia femoral, que recebe a veia femoral profunda antes de tornar-se veia ilíaca externa ao passar pelo canal inguinal.

As veias profundas possuem válvulas que impedem o refluxo do sangue, favorecendo sua ascensão. O retorno venoso é impulsionado pela contração muscular e pelo gradiente pressórico dentro das veias.

Sistema Venoso Superficial

As principais veias superficiais são:

Veia safena magna: Origina-se no arco venoso dorsal do pé e percorre medialmente a perna e a coxa, drenando na veia femoral.

Veia safena parva: Surge na lateral do arco venoso dorsal e ascende posteriormente, drenando na veia poplítea.


Essas veias desempenham um papel importante na drenagem, mas são mais propensas a desenvolver varizes devido à sobrecarga venosa.

Drenagem Linfática do Membro Inferior

O sistema linfático auxilia na remoção de fluidos intersticiais e no transporte de proteínas e células imunológicas. Seus principais linfonodos são:

Linfonodos poplíteos: Situados na fossa poplítea, drenam a linfa da perna e do pé.

Linfonodos inguinais: Localizados na virilha, recebem linfa da coxa, perna e órgãos genitais externos.


Quando há falha no sistema linfático, pode ocorrer linfedema, caracterizado por inchaço persistente nos membros inferiores.

Principais Disfunções e Tratamento Fisioterapêutico

A fisioterapia vascular atua na recuperação da circulação, prevenindo complicações como trombose venosa profunda (TVP), insuficiência venosa crônica (IVC) e linfedema.

1. Insuficiência Venosa Crônica (IVC) e Varizes

A IVC ocorre quando as válvulas venosas não funcionam adequadamente, resultando em acúmulo de sangue nas pernas. Isso pode levar ao desenvolvimento de varizes, edema e sensação de peso.

Tratamento Fisioterapêutico:

Exercícios terapêuticos: Movimentos que ativam a musculatura da panturrilha e melhoram o retorno venoso, como flexão e extensão dos tornozelos e caminhadas.

Drenagem linfática manual (DLM): Técnica que estimula a circulação linfática, reduzindo o inchaço.

Uso de meias de compressão: Melhora a circulação e reduz a estase venosa.

Eletroestimulação neuromuscular: Aplicação de correntes elétricas para ativar a bomba muscular da panturrilha.


2. Trombose Venosa Profunda (TVP)

A TVP ocorre quando um coágulo sanguíneo se forma dentro de uma veia profunda, podendo levar a complicações como embolia pulmonar.

Tratamento Fisioterapêutico:

Mobilização precoce: Evitar longos períodos de imobilização para reduzir o risco de trombose.

Exercícios de contração muscular: Ativar a circulação e prevenir a formação de coágulos.

Massoterapia específica: Auxiliar na redução do edema e melhora da circulação.


3. Linfedema

O linfedema é caracterizado pelo acúmulo de linfa nos tecidos, levando a inchaço e sensação de peso nas pernas.

Tratamento Fisioterapêutico:

Drenagem linfática manual (DLM): Técnica essencial para remover o excesso de líquido acumulado.

Terapia compressiva: Uso de bandagens e meias compressivas para evitar o agravamento do edema.

Exercícios linfomiocinéticos: Movimentos específicos que estimulam o fluxo linfático.

Cuidados com a pele: Evitar infecções, como erisipela, que podem agravar o linfedema.


Conclusão

A circulação venosa e linfática dos membros inferiores desempenha um papel vital na saúde vascular. A fisioterapia oferece abordagens eficazes para melhorar a circulação, reduzir edemas e prevenir complicações como varizes, trombose e linfedema. O tratamento inclui exercícios terapêuticos, drenagem linfática manual, terapia compressiva e técnicas de mobilização, promovendo melhor qualidade de vida para os pacientes.

domingo, 8 de maio de 2022

Movimentos Essenciais da Fisioterapia: Guia Completo de Cinesiologia

Os movimentos básicos analisados na cinesiologia incluem flexão, extensão, abdução, adução e circundução. Vamos explorar cada um deles seguindo a ordem correta.

Flexão

A flexão é um movimento que ocorre no plano sagital, aproximando dois segmentos do corpo, ou seja, o segmento distal se move em direção ao segmento proximal.


Extensão

Assim como a flexão, a extensão também acontece no plano sagital. No entanto, nesse caso, os segmentos proximal e distal se afastam um do outro.

Abdução

A abdução acontece no plano frontal e consiste no movimento de um segmento corporal para longe da linha média do corpo.

Adução

O movimento de adução também ocorre no plano frontal e se refere ao retorno do segmento corporal da posição de abdução para a posição anatômica. Em alguns casos, o movimento pode ultrapassar a linha média do corpo, caracterizando a adução além da linha média.

Circundução

A circundução é um movimento circular que combina flexão, extensão, abdução e adução, fazendo com que o membro descreva um cone no espaço.

Abdução Horizontal

Acontece no plano horizontal, afastando o segmento corporal da linha média do corpo.

Adução Horizontal

Também no plano horizontal, a adução horizontal é o movimento que aproxima o segmento corporal da linha média.

> Para facilitar a compreensão, podemos dizer que a abdução equivale ao ato de abrir, enquanto a adução pode ser entendida como o movimento de fechar.



Rotação Externa

Ocorre no plano horizontal, onde a face anterior do segmento corporal se move em direção ao plano lateral do corpo.

Rotação Interna

Também no plano horizontal, a rotação interna ocorre quando a face anterior do segmento se direciona para o plano mediano do corpo.

Esses são os conceitos fundamentais da cinesiologia. À medida que avançarmos, abordaremos estruturas específicas, como a cintura escapular e a articulação do ombro.



 

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