terça-feira, 4 de março de 2025

A Poliomielite e o Papel da Fisioterapia na Reabilitação: O Marco Inicial da Profissão

A fisioterapia começou a se estruturar como uma área da saúde no início do século XX, especialmente devido às epidemias de poliomielite que ocorreram em diversos países, como os Estados Unidos e o Brasil. A poliomielite é causada pelo poliovírus, que ataca o sistema nervoso e pode levar à paralisia dos membros, especialmente nas crianças. Como resultado, muitos pacientes desenvolviam dificuldades motoras permanentes, necessitando de tratamento especializado para recuperar a mobilidade e minimizar sequelas.


Os primeiros fisioterapeutas desempenharam um papel fundamental na reabilitação dessas pessoas. Utilizando técnicas de cinesioterapia (terapia pelo movimento), fortalecimento muscular, reeducação postural e hidroterapia, eles ajudavam os pacientes a restaurar a função muscular e prevenir deformidades. Um dos marcos mais importantes nesse processo foi o trabalho da fisioterapeuta Elizabeth Kenny, que desenvolveu um método inovador de reabilitação baseado no uso de calor e exercícios ativos, em vez da imobilização, que era a prática comum na época.

O impacto do trabalho dos fisioterapeutas no tratamento da poliomielite foi tão relevante que contribuiu para o reconhecimento da profissão em diversos países. No Brasil, por exemplo, a fisioterapia foi regulamentada como profissão em 1969, mas sua atuação já era essencial nos centros de reabilitação desde décadas anteriores.

Com o avanço da vacinação e a erradicação da poliomielite em muitos países, a fisioterapia se expandiu para outras áreas, incluindo a ortopedia, a neurologia, a pneumologia e a reabilitação cardiorrespiratória. Hoje, a profissão continua evoluindo com novas abordagens terapêuticas, tecnologia assistiva e técnicas modernas para promover a qualidade de vida dos pacientes.

sábado, 1 de março de 2025

Testes Ortopédicos para Avaliação do Ombro


Os testes ortopédicos para avaliar os músculos subescapular, supraespinhal (supraescapular) e infraespinhal (infraescapular) são fundamentais para diagnosticar lesões, como tendinites e rupturas no manguito rotador. Esses testes auxiliam no diagnóstico diferencial de patologias do ombro, orientando condutas terapêuticas e indicando a necessidade de exames complementares, como ultrassonografia e ressonância magnética.

1. Testes para o Músculo Subescapular

(Responsável pela rotação interna do ombro)

✅ Teste de Gerber (Lift-off Test)

O paciente coloca a mão nas costas (região lombar).

Pede-se que ele levante a mão para trás contra resistência.

Dor ou fraqueza indicam lesão no subescapular.


✅ Teste de Press Belly (Napoleon Test)

O paciente pressiona a palma da mão contra o abdômen.

Se houver fraqueza, o cotovelo pode desviar para trás, indicando lesão no subescapular.


✅ Bear Hug Test

O paciente cruza o braço sobre o peito e pressiona a mão contra o ombro oposto enquanto o examinador tenta descolar a mão.

Dor ou fraqueza indicam comprometimento do subescapular.



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2. Testes para o Músculo Supraespinhal (Supraescapular)

(Responsável pela abdução inicial do ombro)

✅ Teste de Jobe (Empty Can Test)

O paciente eleva os braços a 90° de abdução e 30° de flexão anterior (posição escapular).

Os polegares devem estar voltados para baixo, como se estivesse despejando o líquido de uma lata.

O examinador aplica resistência empurrando os braços para baixo.

Dor ou fraqueza indicam lesão no supraespinhal.


✅ Teste de Neer (impingimento do supraespinhal)

O examinador eleva passivamente o braço do paciente com o ombro em rotação interna.

Dor sugere impacto subacromial, muitas vezes associado a lesões do supraespinhal.


✅ Teste de Hawkins-Kennedy

O examinador flexiona o ombro a 90° e realiza rotação interna passiva.

Dor indica impacto subacromial, possivelmente envolvendo o supraespinhal.


✅ Teste de Whipple

O paciente eleva o braço a 90° de flexão, com adução de 30 a 45° (levemente cruzando a linha média do corpo).

O examinador aplica resistência para baixo enquanto o paciente tenta manter o braço na posição.

Dor na região do supraespinhal sugere tendinopatia ou lesão.

Dor profunda na articulação pode indicar uma lesão labral (como SLAP lesion).



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3. Testes para o Músculo Infraespinhal (Infraescapular)

(Responsável pela rotação externa do ombro)

✅ Teste de Rotação Externa Contra Resistência

Com o cotovelo a 90° e junto ao tronco, o paciente tenta girar externamente contra resistência.

Fraqueza ou dor indicam lesão do infraespinhal.


✅ Sinal do Frouxo (Drop Sign)

O examinador posiciona o ombro a 90° de abdução e rotação externa máxima, pedindo para o paciente manter a posição.

Se o braço cair, indica lesão do infraespinhal.


✅ Teste do Drop Arm (para supraespinhal e infraespinhal)

O paciente eleva o braço lateralmente e tenta descê-lo lentamente.

Se o braço cair abruptamente, pode haver lesão no manguito rotador.



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Conclusão

Os testes ortopédicos para avaliação do ombro são ferramentas essenciais no diagnóstico de lesões do manguito rotador e outras patologias articulares. Testes como o de Gerber, Jobe, Whipple e Hawkins-Kennedy ajudam a identificar tendinites, rupturas tendíneas e impactos subacromiais.

Quando há suspeita de lesões mais graves, exames complementares como ultrassonografia e ressonância magnética são indicados para confirmar o diagnóstico e guiar o tratamento.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

perônio


Fíbula (Perônio)

A fíbula, também chamada de perônio, é um osso longo e delgado localizado lateralmente à tíbia na perna. Embora não tenha uma função significativa na sustentação de peso, ela é essencial para a estabilização do tornozelo e para a fixação de músculos e ligamentos. A fíbula se articula com a tíbia nas extremidades proximal e distal e com o tálus distalmente, contribuindo para a mobilidade e estabilidade do membro inferior.

Características Anatômicas

Epífise Proximal

A extremidade superior da fíbula é mais espessa e se relaciona com a tíbia na articulação tibiofibular proximal. Seus principais componentes incluem:

Cabeça da Fíbula – estrutura óssea irregular que se articula com a tíbia.

Face Articular para a Tíbia – superfície plana que estabelece contato com o côndilo lateral da tíbia.

Ápice da Cabeça da Fíbula – uma projeção superior onde se insere o ligamento colateral lateral do joelho e o tendão do músculo bíceps femoral.


Diáfise (Corpo da Fíbula)

A diáfise da fíbula é estreita e apresenta três bordas e três faces:

Borda Anterior – espessa e rugosa, servindo de inserção para músculos e ligamentos.

Borda Interóssea – estrutura afilada onde se fixa a membrana interóssea, que conecta a fíbula à tíbia.

Borda Posterior – percorre desde a cabeça da fíbula até o maléolo lateral.

Face Medial – superfície plana entre as bordas anterior e interóssea, contribuindo para a fixação da membrana interóssea.

Face Lateral – convexa e situada entre as bordas anterior e posterior, sendo um importante local de fixação muscular.

Face Posterior – localizada entre as bordas posterior e interóssea, apresentando sulcos para a passagem de tendões musculares.


Epífise Distal

A extremidade inferior da fíbula forma o maléolo lateral, uma estrutura óssea proeminente que desempenha um papel essencial na articulação do tornozelo. Suas principais características incluem:

Maléolo Lateral – expansão distal da fíbula, que contribui para a estabilidade do tornozelo.

Face Articular para o Tálus – superfície que se articula com o tálus, auxiliando na formação da articulação talocrural.

Sulco para os Tendões – localizado na face posterior do maléolo lateral, permitindo a passagem de tendões dos músculos fibulares (peroneais).


Articulações da Fíbula

A fíbula se articula com dois ossos principais:

1. Tíbia – nas articulações tibiofibular proximal e distal, além da sindesmose tibiofibular, que mantém os ossos firmemente unidos.


2. Tálus – através da articulação talocrural, contribuindo para a estabilização do tornozelo.



Funções da Fíbula

Fixação muscular – a fíbula serve como ponto de inserção para diversos músculos da perna, incluindo os fibulares (peroneais), sóleo e parte do tibial posterior.

Estabilização do tornozelo – o maléolo lateral ajuda a prevenir deslocamentos laterais do tálus durante a movimentação do pé.

Papel na absorção de forças – embora não suporte carga diretamente, a fíbula contribui para a dissipação de forças transmitidas pela tíbia.


Aspectos Clínicos

Fraturas da fíbula – comumente associadas a traumas no tornozelo ou impactos diretos na perna. As fraturas do maléolo lateral podem comprometer a estabilidade da articulação talocrural.

Síndrome da tensão tibial medial ("canelite") – pode envolver a fíbula devido ao estresse excessivo sobre os músculos que se originam ou se inserem nela.

Lesões ligamentares do tornozelo – a fíbula participa da formação da sindesmose tibiofibular, que pode ser lesionada em entorses graves do tornozelo.

Enxertos ósseos – a fíbula pode ser utilizada como enxerto ósseo em cirurgias reconstrutivas devido à sua forma longa e estrutura óssea resistente.


quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

O Papel da Fisioterapia na Reabilitação de Pacientes Queimados



As queimaduras representam um dos traumas mais complexos no contexto da reabilitação, podendo causar limitações físicas, funcionais e emocionais. O processo de recuperação exige uma abordagem multidisciplinar, na qual a fisioterapia desempenha um papel essencial na preservação da mobilidade, no tratamento de cicatrizes e na adaptação do paciente à sua nova condição.
A fisioterapia atua desde os primeiros momentos após a lesão até a fase tardia de recuperação, prevenindo complicações, reduzindo sequelas e promovendo a reintegração do indivíduo à sociedade. Além dos impactos físicos, o trabalho fisioterapêutico contribui significativamente para a melhora da autoestima e da qualidade de vida do paciente, auxiliando na superação dos desafios impostos pelas queimaduras.

Seu trabalho pode ser dividido em três níveis principais:

1. Fase Aguda

Ocorre logo após a lesão e durante a hospitalização, com foco na prevenção de complicações. As principais abordagens incluem:

Prevenção de contraturas e rigidez articular por meio de mobilizações passivas e posicionamento adequado.

Terapia respiratória, especialmente em pacientes com inalação de fumaça, para evitar complicações pulmonares.

Controle da dor e edema, favorecendo uma melhor recuperação.


2. Fase Subaguda

Essa fase ocorre após a estabilização do paciente e foca na recuperação funcional. A fisioterapia atua em:

Restauração da amplitude de movimento, prevenindo aderências cicatriciais.

Treinamento de força e resistência muscular para readquirir autonomia.

Tratamento de cicatrizes hipertróficas por meio de técnicas como massagem, mobilização tecidual e uso de malhas compressivas.


3. Fase Crônica ou de Reabilitação Tardia

Envolve o retorno do paciente às suas atividades diárias e sociais, incluindo:

Reintegração funcional, auxiliando na readaptação ao trabalho e vida social.

Treinamento para atividades diárias, promovendo independência.

Acompanhamento contínuo para monitoramento de possíveis complicações tardias.


Conclusão

A fisioterapia desempenha um papel fundamental na reabilitação de pacientes queimados, atuando desde a fase aguda até a reintegração social. Seu trabalho contribui para a preservação da mobilidade, melhora da função respiratória e adaptação do paciente à sua nova realidade, garantindo maior qualidade de vida.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

fisioterapia nós níveis da doença

A poliomielite é uma doença infecciosa viral que pode causar sequelas neuromusculares graves, principalmente em crianças. A atuação da fisioterapia ocorre em diferentes níveis de atenção à saúde, desde a prevenção até a reabilitação dos pacientes afetados.


Nível Primário – Prevenção e Educação em Saúde

No nível primário, a principal estratégia é a prevenção por meio da vacinação, considerada a forma mais eficaz de erradicar a poliomielite. O fisioterapeuta, inserido na Atenção Primária à Saúde (APS), desempenha um papel fundamental na orientação de pais, avós e responsáveis sobre a importância da imunização infantil.

Além da vacinação, medidas de higiene são essenciais para evitar a propagação do vírus, que é transmitido principalmente por contato com fezes contaminadas ou secreções respiratórias. Algumas ações preventivas incluem:

Lavar as mãos frequentemente, especialmente antes das refeições e após o uso do banheiro.

Evitar contato próximo com pessoas doentes.

Garantir condições sanitárias adequadas, como o correto descarte de resíduos e o acesso a água potável.

Ensinar às crianças hábitos saudáveis de higiene para minimizar os riscos de infecção.

A conscientização sobre esses cuidados ajuda a reduzir a disseminação da doença e a evitar possíveis surtos, contribuindo para a erradicação da poliomielite.

Nível Secundário – Diagnóstico Precoce e Tratamento Inicial

O diagnóstico precoce da poliomielite é essencial para minimizar os impactos da doença. O vírus pode afetar o sistema nervoso central, levando a paralisia flácida aguda, que se caracteriza pela fraqueza muscular súbita, geralmente assimétrica, acompanhada da diminuição ou ausência dos reflexos tendinosos. Esse quadro é um dos principais sinais de alerta em crianças menores de 15 anos.

Ao identificar os primeiros sintomas, o tratamento fisioterapêutico deve ser iniciado o mais cedo possível. A intervenção precoce pode ajudar a preservar a mobilidade articular, evitar deformidades e fortalecer a musculatura compensatória. Algumas abordagens incluem:

  • Exercícios de alongamento para manter a flexibilidade muscular e evitar encurtamentos.
  • Mobilização passiva e ativa para preservar a amplitude de movimento das articulações.
  • Técnicas de facilitação neuromuscular para estimular a função motora residual.
  • Uso de órteses e adaptações para melhorar a locomoção e independência do paciente.


Para as crianças, a reintegração escolar e social é um aspecto fundamental do tratamento, garantindo que tenham uma infância ativa e saudável. Nos adultos, a reabilitação pode ser mais lenta, mas contribui para a retomada das atividades diárias e profissionais.


Nível Terciário – Reabilitação e Qualidade de Vida


Nos casos em que a poliomielite deixou sequelas permanentes, a fisioterapia tem um papel essencial na reabilitação e na melhoria da qualidade de vida do paciente. O tratamento no nível terciário inclui:

Fortalecimento muscular: Estimulação da musculatura não afetada para compensar a fraqueza em áreas comprometidas. Exercícios para membros superiores são indicados quando há paralisia nos membros inferiores.


Terapia respiratória: Em pacientes que apresentam dificuldades respiratórias, técnicas como treinamento diafragmático e reeducação ventilatória ajudam a otimizar a função pulmonar. Pacientes com necessidade de ventilação mecânica podem se beneficiar de exercícios específicos para a musculatura respiratória.

Hidroterapia e imersão em turbilhão: Métodos utilizados para facilitar o movimento e reduzir o impacto sobre as articulações, proporcionando alívio da dor e melhora da mobilidade.

Uso de dispositivos de assistência: Órteses, cadeiras de rodas e outras adaptações podem ser necessárias para aumentar a independência e a funcionalidade do paciente.

A reabilitação é um processo contínuo, e a atuação do fisioterapeuta deve ser integrada a uma equipe multidisciplinar, incluindo médicos, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos, para garantir um atendimento completo e personalizado.


Conclusão


A fisioterapia desempenha um papel essencial na luta contra a poliomielite, desde a prevenção até a reabilitação dos pacientes afetados. A vacinação continua sendo a principal estratégia para erradicar a doença, mas, nos casos em que ocorrem sequelas, a intervenção fisioterapêutica pode proporcionar melhorias significativas na funcionalidade e qualidade de vida dos pacientes.


Joelho Valgo e Osteófitos: Causas, Relação e Tratamento Fisioterapêutico



Com o passar dos anos, é natural que nosso corpo sofra alterações devido ao envelhecimento e aos hábitos posturais. Essas mudanças podem levar a problemas articulares, como joelho valgo e o desenvolvimento de osteófitos, causados por impacto e desgaste ósseo.

Joelho Valgo ("joelho em X")


O joelho valgo é caracterizado pelo desalinhamento dos membros inferiores, em que os joelhos se aproximam excessivamente enquanto os tornozelos permanecem afastados. Suas principais causas incluem:

Fatores genéticos: Algumas pessoas possuem predisposição natural para esse desalinhamento.

Fraqueza muscular: O enfraquecimento dos músculos do quadril e da coxa pode comprometer o alinhamento do fêmur e da tíbia.

Obesidade: O excesso de peso sobrecarrega os joelhos, agravando o desalinhamento.

Doenças ósseas e articulares: Condições como raquitismo e osteoartrite podem contribuir para a deformidade.

Lesões: Fraturas e traumas podem alterar a estrutura do joelho, favorecendo o desalinhamento.


Osteófitos ("bicos de papagaio")

Os osteófitos são formações ósseas anormais que surgem como uma resposta do organismo à degeneração das articulações. Comuns na osteoartrite, podem causar dor e limitação dos movimentos. Suas causas incluem:

Desgaste da cartilagem: O envelhecimento e o uso excessivo da articulação aumentam o atrito ósseo, estimulando o crescimento dos osteófitos.

Inflamações crônicas: Doenças como artrite reumatoide podem desencadear inflamações prolongadas, favorecendo o surgimento dessas estruturas ósseas.

Desalinhamento articular: Condições como joelho valgo ou varo resultam em distribuição desigual da carga sobre a articulação.

Traumas repetitivos: Esforços constantes ou esportes de impacto podem acelerar o desgaste das articulações.


Embora tenham causas distintas, o joelho valgo e os osteófitos podem estar relacionados, pois o desalinhamento do joelho contribui para o desgaste articular e o desenvolvimento dessas formações ósseas.

A Importância da Fisioterapia no Tratamento dos Osteófitos

A fisioterapia desempenha um papel fundamental na redução da dor, no fortalecimento muscular e na melhoria da mobilidade articular. O tratamento fisioterapêutico pode prevenir o avanço dos osteófitos e minimizar seus impactos na qualidade de vida.

Os principais benefícios da fisioterapia incluem:

Redução da dor e inflamação por meio de técnicas como crioterapia, termoterapia e eletroterapia.

Melhoria da mobilidade e flexibilidade, evitando o enrijecimento da articulação.

Fortalecimento muscular, promovendo maior estabilidade articular e reduzindo a sobrecarga sobre as articulações.

Correção postural, evitando desalinhamentos que agravam o problema.


Exercícios Fisioterapêuticos para Redução dos Osteófitos

Os exercícios fisioterapêuticos são essenciais para aliviar os sintomas dos osteófitos e prevenir sua progressão. Alguns dos mais indicados incluem:

1. Alongamento da cadeia posterior – Melhora a flexibilidade e reduz a sobrecarga sobre os joelhos.


2. Fortalecimento do quadríceps (exemplo: exercícios isométricos e leg press leve) – Ajuda a estabilizar o joelho.


3. Fortalecimento dos músculos do quadril e glúteos (como ponte e elevação lateral da perna) – Melhora o alinhamento postural.


4. Exercícios de equilíbrio e propriocepção (uso de bosu ou superfície instável) – Reduz o risco de sobrecarga articular.


5. Exercícios aeróbicos de baixo impacto (caminhada na água, bicicleta ergométrica) – Melhoram a circulação e diminuem a rigidez articular.


6. Movimentos de mobilização articular passiva – Auxiliam na manutenção da amplitude de movimento.



O tratamento pode variar conforme a gravidade do caso, sendo essencial a avaliação de um fisioterapeuta para definir o protocolo adequado. Em casos mais avançados, quando as limitações são severas, pode ser necessário recorrer à cirurgia.

A fisioterapia é uma aliada fundamental na prevenção e no tratamento dos osteófitos, proporcionando maior qualidade de vida e evitando complicações futuras.



sábado, 22 de fevereiro de 2025

Saúde infantil em 2025: Desafios, Mortalidade e fisioterapia

A saúde infantil continua sendo uma prioridade para profissionais de saúde e gestores públicos, especialmente diante dos desafios impostos por doenças infecciosas e condições crônicas. No início de 2025, observa-se uma alta incidência de diversas patologias que afetam crianças, exigindo medidas preventivas e terapêuticas eficazes. Além disso, a fisioterapia desempenha um papel essencial na recuperação e qualidade de vida dos pequenos pacientes. Este relatório apresenta um panorama atualizado das principais doenças, taxas de mortalidade infantil e o impacto da fisioterapia na recuperação de crianças acometidas por diferentes condições de saúde.


Principais Doenças

Gripe (Influenza): Elevada incidência registrada em janeiro de 2025.

Coqueluche (Tosse Comprida): Minas Gerais reportou 97 casos confirmados no primeiro mês do ano.

Metapneumovírus Humano (hMPV): Casos em Pernambuco têm impactado crianças pequenas, apresentando febre, tosse e dificuldades respiratórias.

COVID-19: Houve aumento de casos infantis após as festividades de fim de ano e as férias escolares.

Rotavírus: Causa significativa de gastroenterite grave, levando a diarreia intensa e risco de desidratação.

Varicela (Catapora): Doença altamente contagiosa, caracterizada por lesões cutâneas e febre.

Bronquiolite por VSR: Principalmente em lactentes, levando a inflamação das vias aéreas inferiores e dificuldade respiratória.

Obesidade Infantil: Afeta uma a cada três crianças entre 6 e 12 anos em algumas regiões, mesmo não sendo infecciosa.

Febre Reumática: Pode surgir após infecções de garganta por estreptococos, comprometendo coração, articulações e sistema nervoso.

Gastroenterite por Norovírus: Frequente em creches e escolas, causando diarreia e vômitos.


Medidas Preventivas

Para minimizar a propagação dessas doenças, recomenda-se manter a vacinação em dia, adotar hábitos de higiene, como a lavagem frequente das mãos, e utilizar máscaras em caso de sintomas respiratórios.

Taxa de Mortalidade Infantil

Dados de 2023: 12,5 óbitos por mil nascidos vivos (13,5 para meninos e 11,4 para meninas).

Comparativo com 1990: Em 1990, a taxa era de 146,6 óbitos por mil nascidos vivos, refletindo uma redução de aproximadamente 91,5%.


Essa melhoria expressiva é atribuída a avanços nas condições socioeconômicas, acesso ampliado aos serviços de saúde e eficácia das políticas públicas voltadas à saúde materno-infantil.

Papel da Fisioterapia na Recuperação Infantil

1. Doenças Respiratórias (Gripe, Coqueluche, VSR, COVID-19, hMPV):

Objetivo: Facilitar a remoção de secreções pulmonares, melhorar a ventilação e prevenir complicações.

Técnicas: Tapotagem, vibração torácica e dispositivos incentivadores da respiração.



2. Doenças Neuromusculares e Complicações Pós-Infecciosas (Febre Reumática, Sequelas Virais):

Objetivo: Restaurar força, coordenação e mobilidade, além de reduzir dores articulares.



3. Gastroenterites e Obesidade Infantil:

Objetivo: Implementar programas de exercícios funcionais para recuperar a mobilidade e força muscular após doenças.



4. Doenças Exantemáticas (Varicela):

Objetivo: Em casos com comprometimento motor ou cicatrizes extensas, a fisioterapia dermatofuncional auxilia na recuperação da pele e tecidos.




Considerações Finais

A integração entre prevenção, monitoramento epidemiológico e intervenções terapêuticas, como a fisioterapia, é essencial para garantir uma recuperação eficaz e proporcionar melhor qualidade de vida às crianças.

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