segunda-feira, 28 de agosto de 2023

O Papel do Tecido Fibroso na Estrutura e Função do Corpo Humano

 O tecido fibroso é um dos principais componentes do corpo humano, responsável por garantir resistência e sustentação às estruturas musculoesqueléticas. Ele é altamente denso, resistente à ruptura e composto por feixes de fibras conjuntivas organizadas de acordo com as forças mecânicas que suportam. Esse tipo de tecido está presente em ligamentos, tendões, aponeuroses e até mesmo nos ossos, desempenhando papéis fundamentais na mobilidade e estabilidade do corpo.

Tipos de Tecido Fibroso e Suas Funções

O tecido fibroso pode ser encontrado em diversas formas no organismo, cada uma com uma função específica:

1. Tecido Ligamentar – A Estabilidade das Articulações

Os ligamentos são estruturas fibrosas que conectam os ossos nas articulações, garantindo estabilidade e controle do movimento. Suas fibras são dispostas de maneira paralela, orientadas conforme as forças mecânicas que suportam.

Exemplo prático: O entorse de tornozelo é uma lesão comum que ocorre quando os ligamentos da articulação são esticados além de seu limite. Isso pode acontecer ao pisar em falso ou durante atividades esportivas. Dependendo da gravidade, o tratamento pode incluir repouso, fisioterapia ou, em casos mais sérios, cirurgia para reconstrução do ligamento rompido.

2. Tecido Tendinoso – A Conexão Entre Músculos e Ossos

Os tendões são responsáveis por conectar os músculos aos ossos, transmitindo a força gerada pela contração muscular para permitir o movimento. Suas fibras são orientadas na direção da força exercida pelo músculo.

Exemplo prático: A tendinite de Aquiles, inflamação do tendão que conecta a panturrilha ao calcanhar, é comum em corredores e atletas. O uso excessivo desse tendão pode levar a dor, inchaço e até rupturas, exigindo tratamento com repouso, gelo e fisioterapia.

3. Aponeuroses – A Distribuição da Força Muscular

As aponeuroses são lâminas fibrosas que envolvem os músculos e outras estruturas, ajudando na distribuição de tensões mecânicas. Elas possuem fibras organizadas em camadas sobrepostas, permitindo elasticidade e resistência.

Exemplo prático: A fáscia plantar, uma aponeurose localizada na sola do pé, pode sofrer inflamação devido ao uso excessivo, resultando na fascite plantar. Essa condição é comum em corredores e pessoas que passam muito tempo em pé, causando dor intensa na região do calcanhar.

4. Tecido Ósseo – A Resistência e Elasticidade dos Ossos

Embora seja rígido, o tecido ósseo também pertence à categoria dos tecidos conjuntivos e possui uma certa elasticidade devido à presença de fibras colagenosas. Essa elasticidade permite que os ossos absorvam impactos sem se quebrar facilmente.

Exemplo prático: As fraturas por estresse ocorrem quando o osso é submetido a cargas repetitivas, como em corredores de longa distância. Nesses casos, a estrutura óssea se desgasta antes de conseguir se regenerar, resultando em microfraturas.

Elasticidade e Função Mecânica

A elasticidade do tecido fibroso varia conforme a quantidade de fibras colagenosas e sua organização. Ligamentos tendem a ser mais elásticos que tendões, enquanto diferentes regiões do corpo apresentam variações na densidade das fibras conforme suas funções biomecânicas.

Conclusão

Os tecidos fibrosos desempenham papéis essenciais na estrutura e no funcionamento do corpo humano, proporcionando sustentação, elasticidade e resistência às forças mecânicas. Compreender sua importância ajuda a prevenir e tratar lesões comuns no dia a dia e no esporte. Manter o fortalecimento muscular, praticar alongamentos e evitar sobrecargas são formas eficazes de preservar a saúde desses tecidos e garantir um bom desempenho físico.

sábado, 26 de agosto de 2023

fáscia uma membrana de tecido conjuntivo


A palavra "fáscia" designa uma membrana de tecido conjuntivo fibroso que protege órgãos (como a fáscia periesofagiana e peri e intrafaringiana) ou conjuntos orgânicos (como a fáscia endocárdica e a fáscia parietal). Também é usada para se referir aos tecidos conjuntivos de nutrição, como a fáscia superficial e a fáscia própria. No entanto, essa não é a forma como as modernas técnicas terapêuticas consideram o conceito.


O termo "fáscia", tal como nos interessa, foi inicialmente cunhado por osteopatas, que foram, ao que tudo indica, os primeiros a introduzir a ideia de globalidade anatômica. Não se trata de "fáscias" (no plural), como frequentemente se diz, mas de "fáscia" (no singular). A palavra "fáscia" representa, portanto, não uma entidade fisiológica isolada, mas um conjunto membranoso contínuo, no qual tudo está interligado e funciona como uma unidade.


Esse conjunto de tecidos, que constitui uma peça única e contínua, trouxe consigo a noção de globalidade, conceito fundamental sobre o qual se baseiam todas as técnicas modernas de terapia manual. O principal corolário dessa visão é que o menor tensionamento, seja ele ativo ou passivo, reverbera por todo o sistema. Assim, todas as estruturas anatômicas podem ser consideradas mecanicamente interdependentes, tanto no âmbito estrutural quanto no fisiológico.


O tecido conjuntivo, como qualquer outro tecido, é formado por células específicas denominadas blastos. Nos ossos, essas células são os osteoblastos; na cartilagem, os condroblastos; e, no tecido fibroso, os fibroblastos. Essas células estreladas comunicam-se entre si por meio de prolongamentos protoplasmáticos. Apesar de sua baixa atividade metabólica, sua principal função é a secreção de duas proteínas: colágeno e elastina.


Embora ambas as proteínas sejam renováveis, apresentam características distintas. A elastina, por ser uma proteína de longa duração, possui uma estrutura estável, enquanto o colágeno, de curta duração, é continuamente modificado ao longo da vida.


Dentro do tecido conjuntivo, essas proteínas organizam-se em fibras:


Fibras de colágeno: Agrupam-se em feixes, conhecidos como feixes conjuntivos, que são "cimentados" por uma substância mucóide de ligação chamada mucina. Altamente hidrófila, a mucina fixa substâncias provenientes do meio interno, conferindo especialização aos diferentes tecidos conjuntivos.


Fibras de elastina: Dispõem-se em uma rede de malhas mais ou menos amplas, cuja organização depende de fatores excitantes que estimulam a secreção da elastina. Embora ainda não se conheça exatamente o estímulo responsável por essa secreção, já se sabe há anos que o tensionamento do tecido é o principal fator que desencadeia a produção de colágeno.


terça-feira, 27 de junho de 2023

A Importância da Fisioterapia no Cuidado Intensivo Neonatal



A fisioterapia está cada vez mais integrada ao serviço de cuidado intensivo neonatal. Além de focar na manutenção das vias aéreas por meio de manobras específicas, ela também desempenha um papel integral nas atividades interdisciplinares, visando ao melhor desenvolvimento global do neonato e estimulando seu desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM).

Compreendendo o Recém-Nascido


É essencial entender as peculiaridades do recém-nascido, a fisiopatologia das doenças que afetam o período neonatal e o atendimento fisioterapêutico adequado. O período neonatal abrange o tempo do nascimento até os 28 dias de vida, ou seja, desde o nascimento até a criança atingir 27 dias, 23 horas e 59 minutos. Avaliar a idade gestacional no exame do neonato é crucial para determinar sua classificação e identificar os principais problemas que podem surgir.

 Classificação do Neonato

Para classificar os neonatos, são considerados três parâmetros básicos: peso, crescimento intrauterino e idade gestacional. Com base nisso, os neonatos são divididos em três categorias:

- Pré-termo: Crianças nascidas vivas antes de 38 semanas (ou 265 dias), frequentemente denominadas prematuras, nascidas com menos de 37 semanas.
- Termo: Crianças nascidas vivas entre 37 e 42 semanas.
- Pós-termo: Crianças nascidas vivas com 42 semanas ou mais. Segundo os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS), os nascimentos entre a 37ª e a 42ª semana completa (259 a 293 dias) após o último período menstrual são considerados a termo.

Fisioterapia Neonatal

A fisioterapia neonatal é fundamental para proporcionar uma assistência adequada a esses pacientes especiais. Ela visa não só à manutenção das vias aéreas, mas também ao estímulo do DNPM e à participação em atividades interdisciplinares que promovem o desenvolvimento global do neonato. Compreender as necessidades específicas dos recém-nascidos e aplicar técnicas fisioterapêuticas apropriadas é crucial para garantir uma assistência eficaz e melhorar a qualidade de vida desses pequenos pacientes.

Conclusão

A fisioterapia desempenha um papel vital no cuidado intensivo neonatal, contribuindo significativamente para a manutenção das vias aéreas, o desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM) e a promoção de um desenvolvimento global mais saudável dos neonatos. Ao entender as particularidades dos recém-nascidos, a fisiopatologia das doenças que afetam este período e aplicar técnicas fisioterapêuticas adequadas, os profissionais podem oferecer uma assistência mais eficaz e personalizada.

Classificar os neonatos com base na idade gestacional, peso e crescimento intrauterino é crucial para identificar possíveis problemas e garantir um tratamento adequado. A integração da fisioterapia nas atividades interdisciplinares do cuidado neonatal é essencial para proporcionar uma melhor qualidade de vida aos pequenos pacientes e ajudá-los a alcançar seu pleno potencial de desenvolvimento.

sexta-feira, 28 de abril de 2023

Oque são as celulas unidades vivas do corpo

  A célula é a unidade fundamental da vida no organismo. O corpo humano é composto por um conjunto diversificado de células, mantidas unidas por estruturas de suporte intercelular. Cada tipo celular possui uma função específica. Um exemplo são as hemácias, que totalizam aproximadamente 25 trilhões no corpo humano e têm a função vital de transportar oxigênio dos pulmões para os tecidos.


Embora as hemácias sejam as células mais abundantes, o corpo abriga cerca de 75 trilhões de outras células especializadas, totalizando aproximadamente 100 trilhões de células no organismo. Apesar da diversidade estrutural e funcional, todas compartilham características básicas em comum.


Por exemplo, em todas as células, o oxigênio reage com carboidratos, gorduras e proteínas para liberar a energia necessária para seu funcionamento. Além disso, os processos químicos responsáveis por converter nutrientes em energia são essencialmente os mesmos em todas as células, que também eliminam os subprodutos metabólicos no líquido extracelular.


Outra característica fundamental das células é sua capacidade de reprodução. Quando algumas células são danificadas ou destruídas, as remanescentes do mesmo tipo, em condições normais, podem se dividir e regenerar o tecido, garantindo a reposição celular e a manutenção das funções do organismo.

quarta-feira, 26 de abril de 2023

Insuficiencia cardiaca de baixo debito

 Em muitos casos, após ataque cardíaco agudo após períodos prolongados de deterioração cardíaca progressiva, o coração fica incapaz de bombear ate a quantia mínima de fluxo sanguíneo, necessária para manter o corpo vivo.

Consequentemente, todos os tecidos corporais começam a padecer e até mesmo a se deteriorar, levado, muitas vezes à morte dentro de poucas horas, o quadro, é então de choque circulatório, o próprio sistema cardiovascular padece pela falta de nutrição e também junto com o resto do corpo se deteriora levando a morte.

  Essa síndrome do choque circulatório, ocasionado por bombeamento cardíaco inadequado, é referida como choque cardiogênico ou simplesmente choque cardíaco, uma vez que a pessoa tenha desenvolvido choque cardiogênico, o índice de sobrevida é, muitas vezes, menor que 30% mesmo com tratamento medico adequado.

segunda-feira, 6 de março de 2023

Complicações Pós-Operatórias: Impacto, Fatores de Risco e Importância da Fisioterapia na Recuperação Cirúrgica

     Estudos indicam que 65,6% dos pacientes do sexo feminino, com média de idade de 46 anos, ainda enfrentam complicações no pós-operatório, mesmo com os avanços nos cuidados pré-operatórios. Entre essas complicações, os problemas pulmonares são os segundos mais frequentes, ficando atrás apenas das infecções no local da cirurgia. Essas condições aumentam a taxa de mortalidade antes da cirurgia e representam uma das principais causas de complicações e óbitos no período pós-operatório.


A ocorrência de complicações pulmonares pode variar entre 2% e 40%, dependendo dos fatores de risco do paciente e do tipo de procedimento realizado. As principais complicações incluem insuficiência respiratória, pneumonia, necessidade de reintubação traqueal dentro de 48 horas ou intubação prolongada devido à ventilação mecânica, atelectasia, broncoespasmo, agravamento da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), pneumotórax e derrame pleural. Esses problemas são mais comuns em cirurgias torácicas e abdominais, com incidência variando entre 12% e 70%.


A fisioterapia no período pós-anestésico pode trazer benefícios significativos para pacientes submetidos a cirurgias abdominais. Estudos mostram que aqueles que recebem atendimento fisioterapêutico precoce apresentam menor variação na função pulmonar e na força muscular respiratória em comparação aos que não recebem essa assistência. Diversos fatores podem influenciar as complicações pós-operatórias, incluindo a própria intervenção cirúrgica na região abdominal, que tem sido associada a um risco maior de complicações quando comparada a cirurgias torácicas e cardíacas.


Principais tipos de cirurgias:


Colecistectomia – remoção da vesícula biliar;


Apendicectomia – retirada do apêndice inflamado ou infectado;


Colectomia – remoção parcial ou total do intestino grosso;


Gastrectomia – remoção parcial ou completa do estômago;


Esofagectomia – remoção de parte do esôfago;


Gastroplastia – também conhecida como cirurgia bariátrica, destinada à redução do estômago para o tratamento da obesidade;


Abdominoplastia – procedimento estético para retirada do excesso de pele e gordura na região abdominal.

Com base nas informações apresentadas, fica evidente que, apesar dos avanços nos cuidados pré-operatórios, as complicações no pós-operatório continuam sendo um grande desafio, especialmente as pulmonares. Essas complicações podem aumentar significativamente a morbimortalidade, especialmente em cirurgias torácicas e abdominais, exigindo estratégias eficazes para minimizar seus impactos.


A adoção de intervenções como a fisioterapia precoce tem se mostrado benéfica para a recuperação dos pacientes, ajudando a reduzir variações na função pulmonar e na força muscular respiratória. Além disso, compreender os fatores de risco individuais e os desafios específicos de cada procedimento cirúrgico é essencial para otimizar os cuidados e melhorar os desfechos clínicos. Dessa forma, aprimorar protocolos de prevenção e assistência no pós-operatório é fundamental para garantir uma recuperação mais segura e eficaz aos pacientes submetidos a intervenções cirúrgicas.



segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Fisioterapia Respiratória: Exames, Manobras e Benefícios

    
Antes de abordar as etapas do exame auditivo pulmonar, é essencial compreender como ocorre o deslocamento dos gases no sistema respiratório. Para isso, é fundamental analisar os volumes pulmonares estáticos. A quantidade de ar que entra durante a inspiração e sai durante a expiração em uma respiração normal é denominada volume corrente (VC). Quando uma pessoa realiza uma inspiração máxima seguida de uma expiração máxima, o ar expirado é chamado de capacidade vital (CV). Já o volume de ar que permanece nos pulmões após essa expiração máxima é conhecido como volume residual (VR), enquanto o volume que permanece nos pulmões após uma respiração tranquila é denominado capacidade residual funcional (CRF).




As doenças respiratórias afetam diretamente tanto os volumes pulmonares dinâmicos quanto os estáticos, comprometendo a mecânica respiratória. Com isso em mente, passamos para a próxima etapa, que é essencial para o fisioterapeuta na avaliação das disfunções respiratórias e na escolha do tratamento mais adequado. A semiologia respiratória é composta por quatro etapas principais: exame físico do sistema respiratório, ausculta pulmonar, avaliação de sinais e sintomas e radiografia de tórax.

1. Exame Físico do Sistema Respiratório

O primeiro passo da avaliação é a inspeção, que consiste na observação do tórax sem interferência no padrão respiratório do paciente. Nessa etapa, analisam-se a utilização dos músculos respiratórios, presença de retrações, simetria torácica, deformidades e aumento do diâmetro do tórax. Além disso, é importante verificar a presença de cianose e sinais como baqueteamento digital (hipocratismo digital), bem como deformidades torácicas menos comuns, como pectus excavatum e pectus carinatum.

A inspeção também inclui a avaliação da frequência respiratória, identificando casos de taquipneia ou bradipneia, além da análise do ritmo respiratório, como os padrões de Cheyne-Stokes, Biot e Kussmaul. Também se verifica a presença de sinais de insuficiência respiratória, como taquipneia com uso de musculatura acessória, tiragem intercostal e respiração paradoxal. Esses aspectos serão abordados em detalhes nos capítulos relacionados à fisioterapia em pacientes neurológicos e com insuficiência respiratória.

Após a inspeção, realiza-se a palpação, que consiste na avaliação tátil das estruturas cervicais e torácicas para detectar a presença de contraturas nos músculos acessórios da respiração (como esternocleidomastoideo e escalenos), atrofias, enfisema subcutâneo e alterações nos gânglios linfáticos. A sensibilidade torácica também é avaliada, sendo útil, por exemplo, na investigação de fraturas costais, diferenciando se a dor é de origem palpatória ou não. A elasticidade torácica é analisada posicionando uma mão na região posterior e outra na região anterior do tórax, observando a resistência durante a aproximação das mãos.


A expansibilidade torácica é examinada em diferentes regiões do pulmão (lobos superior, médio e inferior), verificando se há simetria na movimentação e distribuição do ar. Além disso, o frêmito toracovocal é avaliado por meio da colocação das mãos sobre o tórax para perceber a propagação do som através da parede torácica e do parênquima pulmonar, auxiliando na identificação de possíveis alterações.

Na sequência, realiza-se a percussão, uma técnica que permite avaliar rapidamente a presença de anormalidades pulmonares através da propagação do som pelos tecidos. Os tipos de percussão incluem:

Som claro pulmonar: presente em pulmões saudáveis e em condições brônquicas sem comprometimento do parênquima pulmonar;

Macicez: ocorre em casos como atelectasias, pneumonias extensas, infartos pulmonares, tumores, esclerose pulmonar ou derrames pleurais volumosos;

Submacicez: indica presença de líquido ou condensação associada a ar, sem atingir o nível de macicez;

Som timpânico: observado em situações como enfisema pulmonar e pneumotórax, onde há pouca ou nenhuma interposição de tecido pulmonar.


Por fim, a última etapa do exame físico pulmonar é a ausculta, que avalia os sons respiratórios. Os principais sons auscultados incluem:

Traqueal: forte, duro e oco, com alto volume, presente durante toda a respiração (inspiração e expiração);

Bronquial: ouvido sobre o manúbrio esternal, forte, porém menos intenso que o traqueal, com som oco e de alto volume, presente durante todo o ciclo respiratório;

Broncovesicular: auscultado sobre os brônquios principais, de volume médio e presente em toda a respiração;

Vesicular: som mais suave, de baixo volume, predominante na inspiração e no início da expiração, auscultado na periferia pulmonar.



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2. Manobras Fisioterapêuticas e Benefícios

Após a avaliação, o fisioterapeuta pode empregar diversas manobras fisioterapêuticas para melhorar a função respiratória do paciente. Algumas das principais técnicas incluem:

2.1. Manobras de Expansão Pulmonar

Essas técnicas visam melhorar a ventilação pulmonar e incluem:

Respiração Diafragmática: estimula a ativação do diafragma, promovendo uma ventilação mais eficiente.

Inspiração Fracionada: favorece uma maior entrada de ar nos pulmões, útil em pacientes com hipoventilação.

Expansão Costal Dirigida: melhora a mobilidade torácica e otimiza a distribuição do ar.


Benefícios:
✔️ Aumento da capacidade pulmonar
✔️ Melhoria da oxigenação
✔️ Redução do esforço respiratório

2.2. Técnicas de Remoção de Secreções

Essas manobras auxiliam na eliminação do muco e incluem:

Drenagem Postural: utiliza a gravidade para facilitar a saída de secreções.

Tapotagem e Vibração: estimula a mobilização do muco.

Tosse Dirigida e Huffing: favorecem a expectoração eficaz.


Benefícios:
✔️ Melhora na eliminação de secreções
✔️ Prevenção de infecções pulmonares
✔️ Redução da resistência das vias aéreas

2.3. Técnicas de Reexpansão Pulmonar

Indicadas para pacientes com atelectasias ou comprometimento da ventilação:

Pressão Expiratória Positiva (PEP): melhora a ventilação alveolar.

Inspiração Sustentada Máxima: ajuda na reexpansão pulmonar.


Benefícios:
✔️ Melhora na ventilação alveolar
✔️ Redução do risco de complicações pulmonares

2.4. Exercícios Respiratórios

Atuam na reeducação da mecânica respiratória, como:

Treinamento Muscular Inspiratório: fortalece os músculos da respiração.

Respiração com os Lábios Semi-Fechados: reduz a dispneia e melhora a ventilação.


Benefícios:
✔️ Aumento da resistência muscular respiratória
✔️ Redução da fadiga respiratória


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