domingo, 21 de novembro de 2021

músculos que atuam sobre a coluna


 

 Os músculos que atuam sobre a coluna são bilaterais embora funcionem de maneira independente didaticamente podem ser divididos em duas categorias , flexores da coluna vertebral e extensores da coluna vertebral, esses dois grupos são responsáveis pela flexão e extensão da coluna lombar , alguns deles não possuem fixações ósseas em nenhuma das extremidades .

   A musculatura anterior da coluna lombar são importantes na construção da cavidade abdominal e seu conteúdo , essa última função eleva a pressão intra - abdominal  que  além de estar associada à eliminação de resíduos (defecação, micção e vômito ) e também reduz as cargas sofridas pelas vértebras lombares durante determinadas atividades.

   O músculo reto abdominal desce verticalmente no abdome e sua porção direita e esquerda é separada por uma linha branca tendínea , realiza a flexão da coluna lombar  e a flexão lateral quando ativado apenas de um lado, os músculos oblíquos, interno e externos do abdome cobrem as porções, anterior e lateral da parede abdominal entre o reto abdominal na frente e o músculo grande dorsal atrás . 

  As  fibras desses músculos seguem perdicularmente umas  às outras, uma característica que se reflete  em uma grande diferença em suas ações unilaterais , quando um lado do músculos oblíquo externo se contrai, ocorre flexão da coluna lombar , flexão lateral e rotação do tronco para o lado oposto .

 Com exceção da rotação, o mesmo é válido para  os oblíquos internos , durante a contração unilateral desses músculos, o tronco roda para o lado oposto.

  Já os músculos posteriores da coluna lombar compreendem vários músculos dispostos em camadas mais superficiais  e mais profundas , superficialmente situa-se o grande dorsal que recobre a região lombar e realiza extensão , adução e rotação medial do braço , um pouco mais profundo a os músculos do dorso propriamente dito pós vertebrais , os músculos  pós vertebrais  estão situados mais profundamente e formam duas grandes massas em relevo nos lados da coluna vertebral facilmente palpáveis e compostas por três camadas de músculos que são esses superficial, intermediária e  profunda.


domingo, 24 de outubro de 2021

Deficiências na Mineralização Óssea: Entenda o Raquitismo e a Osteomalácia

   O raquitismo e a osteomalácia são distúrbios ósseos caracterizados por falhas na mineralização, resultando em ossos mais frágeis e suscetíveis a deformidades. O raquitismo ocorre em crianças e está relacionado a anormalidades na formação da placa epifisária de crescimento, levando a áreas não mineralizadas, desorganização celular e atraso na maturação óssea. Já a osteomalácia afeta principalmente adultos e se caracteriza pela deficiência na mineralização da matriz osteoide do osso cortical e trabecular, resultando no acúmulo de tecido osteoide pouco mineralizado.

Ambas as condições compartilham causas semelhantes, sendo a principal a baixa disponibilidade de cálcio e fósforo, minerais essenciais para a rigidez óssea. Essa deficiência pode ser decorrente da má absorção intestinal, dietas inadequadas ou da insuficiência de vitamina D, que desempenha um papel fundamental na regulação desses minerais. Outras causas incluem doenças renais crônicas, distúrbios gastrointestinais que comprometem a absorção de nutrientes e o uso prolongado de certos medicamentos, como anticonvulsivantes.

Os sinais clínicos incluem dor óssea, fraqueza muscular, fadiga e maior predisposição a fraturas. Em crianças, o raquitismo pode levar a deformidades esqueléticas, como arqueamento das pernas e alterações no crescimento. Em adultos, a osteomalácia pode causar dor generalizada e dificuldades de locomoção. O diagnóstico envolve exames físicos, testes de sensibilidade óssea para avaliar o grau de amolecimento e exames laboratoriais para medir os níveis de cálcio, fósforo e vitamina D. Radiografias e densitometria óssea também podem ser utilizadas para avaliar a estrutura óssea.

O tratamento visa corrigir as deficiências nutricionais e melhorar a saúde óssea. A suplementação com cálcio, fósforo e vitamina D é essencial para restabelecer o equilíbrio mineral. Além disso, a exposição regular à luz solar é recomendada para estimular a produção natural de vitamina D pelo organismo.


A fisioterapia desempenha um papel fundamental na reabilitação dos pacientes, auxiliando no fortalecimento muscular, melhora do equilíbrio e prevenção de deformidades e quedas. Exercícios específicos podem ajudar a reduzir a dor, melhorar a mobilidade e restaurar a funcionalidade dos membros afetados. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de órteses para corrigir desalinhamentos ósseos e evitar complicações.

O acompanhamento médico contínuo é essencial para monitorar a resposta ao tratamento e prevenir recidivas. Com um diagnóstico precoce e um tratamento adequado, é possível melhorar a qualidade de vida do paciente e minimizar os impactos dessas condições na estrutura óssea e na mobilidade.

quarta-feira, 13 de outubro de 2021

Quais são os ligamentos da coluna lombar


Os ligamentos da coluna vertebral desempenham um papel essencial na sustentação, estabilização e mobilidade da coluna. São estruturas formadas por tecido conjuntivo denso e fibroso, cuja principal função é unir os ossos da coluna e limitar movimentos excessivos, evitando lesões. Além disso, auxiliam na distribuição das cargas biomecânicas, absorvendo impactos durante atividades diárias como caminhar, correr e levantar peso.

Na coluna lombar, que suporta grande parte do peso corporal e está sujeita a forças significativas, os ligamentos são especialmente importantes. Os principais ligamentos dessa região incluem:

1. Ligamento Longitudinal Anterior

O ligamento longitudinal anterior é uma estrutura laminar robusta que se estende da base do crânio até o sacro, cobrindo a superfície anterior dos corpos vertebrais. Sua principal função é evitar a hiperextensão da coluna vertebral, ou seja, impedir que as vértebras se dobrem para trás em excesso. Esse ligamento contribui para a estabilidade geral da coluna e auxilia na absorção de cargas axiais.

2. Ligamento Longitudinal Posterior

Localizado dentro do canal vertebral, o ligamento longitudinal posterior percorre a parte posterior dos corpos vertebrais, da região cervical até o sacro. Ele tem um formato laminar e sua principal função é limitar a hiperflexão da coluna, evitando que os discos intervertebrais se projetem excessivamente para dentro do canal vertebral. Esse ligamento está diretamente relacionado à contenção das hérnias de disco posteriores.

3. Ligamento Interespinhal

O ligamento interespinhal situa-se entre os processos espinhosos das vértebras e se estende desde a região cervical até o sacro. Ele auxilia na limitação dos movimentos de flexão da coluna, impedindo que os processos espinhosos se afastem excessivamente. Sua continuidade com o ligamento da nuca na região cervical reforça a estabilidade das vértebras superiores.

4. Ligamento Supraespinhal

Esse ligamento percorre a extremidade posterior dos processos espinhosos das vértebras, formando uma estrutura contínua da região cervical até o sacro. Atua em conjunto com o ligamento interespinhal para limitar a flexão da coluna, prevenindo movimentos excessivos que poderiam resultar em instabilidade ou lesões.

5. Ligamento Amarelo

O ligamento amarelo é um dos principais ligamentos elásticos da coluna. Ele conecta a face anterior da lâmina superior à face posterior da lâmina inferior adjacente, formando uma barreira protetora para o canal vertebral. Composto por fibras elásticas, esse ligamento permite certa flexibilidade, auxiliando no retorno da coluna à posição neutra após a flexão.

Além de sua função estrutural, o ligamento amarelo desempenha um papel clínico importante: durante procedimentos como a anestesia peridural, a passagem da agulha por esse ligamento indica que se atingiu o espaço peridural, onde a medicação anestésica é administrada.

6. Ligamentos Intertransversos

Os ligamentos intertransversos estão localizados lateralmente à coluna, ligando os processos transversos de vértebras adjacentes. Sua principal função é limitar os movimentos de inclinação lateral excessiva da coluna, proporcionando estabilidade adicional.

7. Ligamentos Iliolombares

Os ligamentos iliolombares são estruturas espessas e resistentes que conectam a última vértebra lombar (L5) ao osso ilíaco, contribuindo para a estabilidade da articulação lombossacral. Eles são divididos em:

Ligamento iliolombar superior

Ligamento iliolombar inferior

Ligamento iliolombar anterior

Ligamento iliolombar posterior


Esses ligamentos desempenham um papel crucial na estabilização da transição entre a coluna lombar e a pelve, ajudando a prevenir deslocamentos excessivos e absorvendo parte das forças transmitidas entre o tronco e os membros inferiores.


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Importância Clínica dos Ligamentos Lombares

Lesões nos ligamentos da coluna lombar são comuns e podem resultar de traumas, sobrecarga mecânica ou processos degenerativos. Entre os principais problemas associados estão:

Entorses ligamentares: Ocorrem quando os ligamentos são estirados além de sua capacidade normal, podendo causar dor e inflamação.

Instabilidade lombar: A fraqueza ou degeneração dos ligamentos pode levar à instabilidade vertebral, predispondo a condições como a espondilolistese.

Dor lombar crônica: Alterações nos ligamentos, como calcificações ou hipertrofia do ligamento amarelo, podem comprimir estruturas nervosas, contribuindo para a dor lombar persistente e até mesmo para a estenose do canal vertebral.


Diante disso, a manutenção da saúde dos ligamentos lombares é essencial para prevenir disfunções na coluna. Exercícios para fortalecimento do core, alongamentos e uma boa postura são medidas fundamentais para preservar a integridade dessas estruturas.

sábado, 2 de outubro de 2021

como se forma distrofia muscular de Duchenne

 
As mães carregam na maioria das veze o gene que causa deleções que nada mais é que a falta de pedaços de bloco de DNA, que  faz com que o gene não funcione adequadamente no qual em maioria das vezes  é o que causa a distrofia de duchenne ela se apresenta na primeira infância com uma fraqueza muscular proximal pouco comum atraso na aprendizagem da fala, o DMD detectam-se precocemente alterações da função pulmonar, que se tornam mais evidentes com a evolução da doença ; do ponto de vista respiratório, a DMD frequentemente segue um curso previsível. O declínio progressivo da função pulmonar quase sempre inicia após o confinamento à cadeira de rodas em casos mais graves , e está associado com o aumento da insuficiência respiratória (IR) e da ineficiência da tosse .
Pacientes com insuficiência respiratória crônica compensada podem se apresentar bem e sem queixas, devido à pequena demanda do sistema respiratório necessária para se manter uma boa função pulmonar quando se está confinado à cadeira de rodas. Em crianças com doenças neuromusculares, a fraqueza da musculatura respiratória, incluindo o diafragma e músculos da parede torácica, resulta em tosse ineficiente e respiração superficial (hipoventilação) . A frequência respiratória pode estar aumentada para compensar esse padrão. Os principais sintomas de hipoventilação são: sono inquieto, fadiga, dificuldade em despertar do sono, dispnéia, cefaléia matutina, dificuldade de concentração nas tarefas mentais, declínio no desempenho escolar e depressão. Em casos severos, hipersono
lência e alterações do estado mental podem ocorrer .

O tratamento , nesses pacientes, deve ser associada a um programa terapêutico, com objetivo de promover limpeza (clearance) mucociliar, melhorar a força e a resistência da musculatura respiratória e corrigir as anormalidades nas trocas gasosas fortalecendo já o sistema muscular os exercícios são para resistência, a fisioterapia vem como uma ajuda de manutenção não como ganho de força mais sim de prolongar a força por meio de resistência. Os exercícios são simples sentar e levantar para ganho de resistência dos músculos inferiores e músculos abdominais e costas para prolongar a função evitando que o paciente fatigue pois a fadiga muscular e ou quebra de fibra muscular é dispensável pois a DMD é uma doença degenerativa  músculo esquelético mesmo com o tratamento necessita de aparelhos de manutenção respiratória

segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Qual é a epidemiologia da doença/ marcha escavante

 


A marcha escarvante ocorre quando o doente tem paralisia do movimento de flexão dorsal do pé, ao tentar caminhar toca com a ponta do pé no solo e tropeça. Para evitar isso, levanta  o membro inferior junto ao movimento de marcha ou seja ao caminhar o paciente com marcha escavante ele tende a ter um movimento único de quadril e fêmur .

Também pode ocorrer outros fatores como lesão de nervo fibular ou ciático ou raiz de L5. Marcha ... eventos rápidos e complexos, o que dificulta a observação clínica, a identificação de marcha, é um padrão cíclico de movimentos corporais que se repete.

Cujo as pontas dos pés arrasta no chão sem força alguma apresentando paralisia do movimento dorsiflexão,  nos membros, todos pacientes com marcha escarvante apresenta lesões de amplitude motora que impede que o pé faça o movimento mais firme e fino ficando assim o pé caído no momento da execução  marcha  sua musculatura é fraca e flácida seu dedos e unhas são machucados.


Diferente da marcha normal que começa com movimentos simples como  dorsiflexão e flexão plantar no qual o membro em dorsiflexão em entra em ponto neutro para dar apoio assim o outro membro começa flexão plantar e balanceio , assim se forma o ciclo da marcha normal 




como é o disco intervertebral e como ele se divide



  Os discos intervertebrais amortecem as cargas e pressões ao longo da coluna vertebral , diminuindo o risco de trauma sobre a coluna que possam provocar fratura na vertebra por contato osso a osso , o conjunto de disco intervertebral é considerado um complexo de sistemas hidráulicos que absorve choques , que permite uma compressão transitória em decorrência do deslocamento do liquido dentro do continente elástico que possibilita o movimento

   O disco intervertebral é formado por anéis concêntricos em sua poção externa e por um núcleo gelatinoso (núcleo pulposo) formado por substancia hidrófilas que garante a retenção de agua , mantendo a capacidade de hidratação e flexibilidade do disco.

 


O disco intervertebral é formada por anulo fibroso e núcleo pulposo , o núcleo fibroso suporta as pressões submetidas a coluna vertebral transmitida pelo corpo vertebrais , são suas principais funções: Auxilia na estabilização dos corpo vertebrais adjacentes que permite o movimento entre os corpos vertebrais, atua como ligamento. Acessório, reter o núcleo pulposo em sua posição e funcionar como amortecedor de forças .

  Já o núcleo pulposo por meio do seu descolamento, estimula o anel concêntrico na retenção das pressões e orienta o corpo quanto a posição da coluna vertebral são suas principais funções ; funcionar como mecanismo de absorção de forças, possibilita a troca de líquido entre os discos e os capilares vertebrais e atuar como eixo vertical de movimento entre duas vertebras .

terça-feira, 21 de setembro de 2021

Ventilação Não Invasiva: Benefícios, Indicações e a Importância da Fisioterapia no Suporte Respiratório

A ventilação não invasiva (VNI) é um método de suporte respiratório que utiliza interfaces como máscaras para fornecer assistência ventilatória sem a necessidade de dispositivos invasivos, como tubos orotraqueais ou traqueostomias. Esse tipo de ventilação é amplamente utilizado em pacientes com insuficiência respiratória aguda ou crônica, permitindo a melhora da oxigenação e da remoção de dióxido de carbono sem a necessidade de intubação.


Existem diversos tipos de interfaces para a VNI, sendo as mais comuns as máscaras nasais, oronasais (faciais) e capacetes. Em lactentes e recém-nascidos, os prongs nasais e as máscaras nasais são frequentemente utilizados, pois se ajustam melhor à anatomia da criança e oferecem maior conforto. Isso é especialmente importante porque, até cerca de seis meses de idade, os bebês possuem uma respiração predominantemente nasal, tornando essas interfaces mais eficazes.

A VNI é indicada principalmente para pacientes com insuficiência respiratória que não necessitam de intubação imediata, sendo eficaz em condições como doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) descompensada, edema agudo de pulmão, apneia obstrutiva do sono, insuficiência cardíaca congestiva e crise asmática grave, entre outras. Também é amplamente utilizada em pacientes que apresentam taquipneia, dispneia, hipoxemia, retenção de dióxido de carbono, aumento do trabalho respiratório e redução do volume corrente.

Apesar dos benefícios, o uso da VNI pode trazer algumas complicações. O ajuste inadequado da máscara pode causar lesões na pele, como hematomas, úlceras de pressão e escaras, especialmente em pacientes que precisam utilizá-la por longos períodos. Além disso, o uso prolongado pode levar a ressecamento da mucosa nasal e oral, irritação ocular, distensão gástrica, sonolência, fraqueza muscular e, em alguns casos, náuseas e vômitos.

A fisioterapia respiratória desempenha um papel fundamental no sucesso da ventilação não invasiva, tanto na fase inicial de adaptação quanto na manutenção da eficácia do tratamento. O fisioterapeuta é responsável por avaliar o paciente, selecionar a interface mais adequada, ajustar os parâmetros ventilatórios e monitorar a evolução clínica.

Além disso, o fisioterapeuta atua na reeducação respiratória, auxiliando na melhora da mecânica ventilatória e na eliminação de secreções por meio de técnicas como drenagem postural, vibração torácica e tosse assistida. Em pacientes com doenças crônicas, a fisioterapia também contribui para o fortalecimento da musculatura respiratória, reduzindo a fadiga e melhorando a tolerância ao esforço.

Nos casos de desmame da VNI, a fisioterapia respiratória é essencial para garantir uma transição segura, prevenindo complicações como atelectasias e hipoventilação alveolar. O acompanhamento contínuo permite ajustar a ventilação conforme a necessidade do paciente, promovendo uma recuperação mais eficaz e reduzindo o tempo de dependência do suporte ventilatório.

Portanto, a atuação da fisioterapia na VNI é indispensável para otimizar os resultados, minimizar riscos e garantir uma melhor qualidade de vida para os pacientes que necessitam desse suporte respiratório.

Postagem em destaque

Cirurgia de Hérnia de Disco e Tratamentos Fisioterapêuticos

  A hérnia de disco ocorre quando parte do disco intervertebral se desloca e comprime os nervos da coluna, causando dor, formigamento e, em ...