domingo, 27 de março de 2022
O que é sarcopenia
domingo, 20 de março de 2022
Órteses Rígidas para Tornozelo: Como Funcionam e Quem Deve Usar?
As órteses rígidas para tornozelo são indicadas para pacientes que apresentam dificuldades no controle do membro inferior e da pelve, auxiliando na estabilidade durante a locomoção e na manutenção da postura em pé. Essas órteses são recomendadas em casos de artrodese tibiotársica, pois substituem a mobilidade perdida da articulação e garantem um alinhamento adequado do membro inferior. Também são úteis para pacientes com lesão medular acima de T12, pois oferecem suporte estrutural, favorecendo o equilíbrio e a distribuição da carga corporal.
Além disso, indivíduos com doenças neuromusculares progressivas, como distrofias musculares, podem se beneficiar dessas órteses, já que a fraqueza muscular pode comprometer a estabilidade e eficiência da marcha. Em crianças com paralisia cerebral, o uso da órtese rígida pode ajudar a prevenir contraturas e deformidades, garantindo um alinhamento biomecânico adequado durante o desenvolvimento motor.
Influência das Órteses Rígidas na Biomecânica da Marcha
O uso de órteses rígidas impacta diretamente a biomecânica da marcha, especialmente em pacientes com pé caído. Essa condição, geralmente causada por fraqueza nos músculos dorsiflexores, pode levar a tropeços frequentes e maior risco de quedas. A órtese mantém o pé em uma posição neutra, facilitando o contato inicial com o solo e promovendo um padrão de marcha mais eficiente e seguro.
Além disso, as órteses rígidas ajudam a alongar o músculo sóleo e gastrocnêmio, que frequentemente sofrem encurtamento devido à posição inadequada do pé. Por outro lado, músculos como o tibial anterior, o extensor longo do hálux e o extensor longo dos dedos permanecem alongados, o que pode afetar sua ativação e limitar certos movimentos, como a eversão e a inversão do pé.
Em crianças que utilizam órteses rígidas para os membros inferiores, podem ocorrer alterações na marcha. A restrição da mobilidade articular pode comprometer a fase de balanço, resultando em uma transição mais abrupta para a fase de apoio. Esse fator pode impactar a extensão do joelho e a estabilidade pélvica, exigindo adaptações na locomoção.
O Papel da Fisioterapia na Adaptação às Órteses Rígidas
A fisioterapia desempenha um papel essencial na adaptação ao uso de órteses rígidas, contribuindo para a melhoria do controle motor, da mobilidade e da funcionalidade do paciente. Entre os principais benefícios da fisioterapia nesse contexto, destacam-se:
Reeducação postural e da marcha: Técnicas específicas ajudam o paciente a se adaptar à nova biomecânica imposta pela órtese, promovendo uma marcha mais eficiente e reduzindo compensações inadequadas.
Prevenção de encurtamentos musculares: Exercícios de alongamento auxiliam na manutenção da flexibilidade muscular, prevenindo rigidez e contraturas decorrentes do uso prolongado da órtese.
Fortalecimento muscular: Programas de fortalecimento específicos ajudam a compensar a perda de ativação de determinados músculos, melhorando a estabilidade do membro inferior e da pelve.
Treinamento de equilíbrio e propriocepção: Exercícios proprioceptivos auxiliam no desenvolvimento do controle corporal, reduzindo o risco de quedas e melhorando a independência funcional do paciente.
Melhoria da funcionalidade global: Além da marcha, a fisioterapia contribui para uma melhor qualidade de vida, permitindo que o paciente realize suas atividades diárias com mais segurança e conforto.
Considerações Finais
O uso de órteses rígidas é uma estratégia fundamental para melhorar a funcionalidade de pacientes com comprometimentos neuromusculares e ortopédicos. No entanto, sua prescrição deve ser individualizada, considerando as necessidades específicas de cada paciente. O acompanhamento fisioterapêutico é essencial para otimizar os benefícios da órtese, prevenindo complicações musculoesqueléticas e promovendo uma melhor adaptação ao dispositivo.
Referências:
Carvalho, J. Órteses: um recurso terapêutico complementar – 2ª ed., Cap. 4.
Oatis, C. Cinesiologia: A Mecânica e a Patomecânica do Movimento Humano, p. 875.
Vasconcelos, G. Órtese e Prótese, p. 138.
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Deficiências na Mineralização Óssea: Entenda o Raquitismo e a Osteomalácia
O raquitismo e a osteomalácia são distúrbios ósseos caracterizados por falhas na mineralização, resultando em ossos mais frágeis e suscetíveis a deformidades. O raquitismo ocorre em crianças e está relacionado a anormalidades na formação da placa epifisária de crescimento, levando a áreas não mineralizadas, desorganização celular e atraso na maturação óssea. Já a osteomalácia afeta principalmente adultos e se caracteriza pela deficiência na mineralização da matriz osteoide do osso cortical e trabecular, resultando no acúmulo de tecido osteoide pouco mineralizado.
Ambas as condições compartilham causas semelhantes, sendo a principal a baixa disponibilidade de cálcio e fósforo, minerais essenciais para a rigidez óssea. Essa deficiência pode ser decorrente da má absorção intestinal, dietas inadequadas ou da insuficiência de vitamina D, que desempenha um papel fundamental na regulação desses minerais. Outras causas incluem doenças renais crônicas, distúrbios gastrointestinais que comprometem a absorção de nutrientes e o uso prolongado de certos medicamentos, como anticonvulsivantes.
Os sinais clínicos incluem dor óssea, fraqueza muscular, fadiga e maior predisposição a fraturas. Em crianças, o raquitismo pode levar a deformidades esqueléticas, como arqueamento das pernas e alterações no crescimento. Em adultos, a osteomalácia pode causar dor generalizada e dificuldades de locomoção. O diagnóstico envolve exames físicos, testes de sensibilidade óssea para avaliar o grau de amolecimento e exames laboratoriais para medir os níveis de cálcio, fósforo e vitamina D. Radiografias e densitometria óssea também podem ser utilizadas para avaliar a estrutura óssea.
O tratamento visa corrigir as deficiências nutricionais e melhorar a saúde óssea. A suplementação com cálcio, fósforo e vitamina D é essencial para restabelecer o equilíbrio mineral. Além disso, a exposição regular à luz solar é recomendada para estimular a produção natural de vitamina D pelo organismo.
A fisioterapia desempenha um papel fundamental na reabilitação dos pacientes, auxiliando no fortalecimento muscular, melhora do equilíbrio e prevenção de deformidades e quedas. Exercícios específicos podem ajudar a reduzir a dor, melhorar a mobilidade e restaurar a funcionalidade dos membros afetados. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de órteses para corrigir desalinhamentos ósseos e evitar complicações.
O acompanhamento médico contínuo é essencial para monitorar a resposta ao tratamento e prevenir recidivas. Com um diagnóstico precoce e um tratamento adequado, é possível melhorar a qualidade de vida do paciente e minimizar os impactos dessas condições na estrutura óssea e na mobilidade.
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