domingo, 22 de maio de 2022

Como o Sangue Retorna ao Coração: A Importância do Sistema Venoso e Linfático das Pernas


Introdução

O sistema circulatório do membro inferior é fundamental para o retorno venoso e a drenagem linfática, prevenindo edemas, varizes e outras disfunções vasculares. Problemas como insuficiência venosa crônica, linfedema e trombose venosa profunda podem comprometer a circulação e a qualidade de vida. A fisioterapia vascular desempenha um papel essencial na reabilitação, promovendo a melhora da circulação e da drenagem linfática.

Sistema Venoso do Membro Inferior

A drenagem venosa do membro inferior divide-se em dois sistemas: profundo e superficial, conectados por veias perfurantes que regulam o fluxo sanguíneo.


Sistema Venoso Profundo

O sistema profundo inicia-se no pé, onde as veias tibiais anteriores e posteriores convergem para formar a veia poplítea, localizada atrás do joelho. Essa veia continua como veia femoral, que recebe a veia femoral profunda antes de tornar-se veia ilíaca externa ao passar pelo canal inguinal.

As veias profundas possuem válvulas que impedem o refluxo do sangue, favorecendo sua ascensão. O retorno venoso é impulsionado pela contração muscular e pelo gradiente pressórico dentro das veias.

Sistema Venoso Superficial

As principais veias superficiais são:

Veia safena magna: Origina-se no arco venoso dorsal do pé e percorre medialmente a perna e a coxa, drenando na veia femoral.

Veia safena parva: Surge na lateral do arco venoso dorsal e ascende posteriormente, drenando na veia poplítea.


Essas veias desempenham um papel importante na drenagem, mas são mais propensas a desenvolver varizes devido à sobrecarga venosa.

Drenagem Linfática do Membro Inferior

O sistema linfático auxilia na remoção de fluidos intersticiais e no transporte de proteínas e células imunológicas. Seus principais linfonodos são:

Linfonodos poplíteos: Situados na fossa poplítea, drenam a linfa da perna e do pé.

Linfonodos inguinais: Localizados na virilha, recebem linfa da coxa, perna e órgãos genitais externos.


Quando há falha no sistema linfático, pode ocorrer linfedema, caracterizado por inchaço persistente nos membros inferiores.

Principais Disfunções e Tratamento Fisioterapêutico

A fisioterapia vascular atua na recuperação da circulação, prevenindo complicações como trombose venosa profunda (TVP), insuficiência venosa crônica (IVC) e linfedema.

1. Insuficiência Venosa Crônica (IVC) e Varizes

A IVC ocorre quando as válvulas venosas não funcionam adequadamente, resultando em acúmulo de sangue nas pernas. Isso pode levar ao desenvolvimento de varizes, edema e sensação de peso.

Tratamento Fisioterapêutico:

Exercícios terapêuticos: Movimentos que ativam a musculatura da panturrilha e melhoram o retorno venoso, como flexão e extensão dos tornozelos e caminhadas.

Drenagem linfática manual (DLM): Técnica que estimula a circulação linfática, reduzindo o inchaço.

Uso de meias de compressão: Melhora a circulação e reduz a estase venosa.

Eletroestimulação neuromuscular: Aplicação de correntes elétricas para ativar a bomba muscular da panturrilha.


2. Trombose Venosa Profunda (TVP)

A TVP ocorre quando um coágulo sanguíneo se forma dentro de uma veia profunda, podendo levar a complicações como embolia pulmonar.

Tratamento Fisioterapêutico:

Mobilização precoce: Evitar longos períodos de imobilização para reduzir o risco de trombose.

Exercícios de contração muscular: Ativar a circulação e prevenir a formação de coágulos.

Massoterapia específica: Auxiliar na redução do edema e melhora da circulação.


3. Linfedema

O linfedema é caracterizado pelo acúmulo de linfa nos tecidos, levando a inchaço e sensação de peso nas pernas.

Tratamento Fisioterapêutico:

Drenagem linfática manual (DLM): Técnica essencial para remover o excesso de líquido acumulado.

Terapia compressiva: Uso de bandagens e meias compressivas para evitar o agravamento do edema.

Exercícios linfomiocinéticos: Movimentos específicos que estimulam o fluxo linfático.

Cuidados com a pele: Evitar infecções, como erisipela, que podem agravar o linfedema.


Conclusão

A circulação venosa e linfática dos membros inferiores desempenha um papel vital na saúde vascular. A fisioterapia oferece abordagens eficazes para melhorar a circulação, reduzir edemas e prevenir complicações como varizes, trombose e linfedema. O tratamento inclui exercícios terapêuticos, drenagem linfática manual, terapia compressiva e técnicas de mobilização, promovendo melhor qualidade de vida para os pacientes.

domingo, 8 de maio de 2022

Movimentos Essenciais da Fisioterapia: Guia Completo de Cinesiologia

Os movimentos básicos analisados na cinesiologia incluem flexão, extensão, abdução, adução e circundução. Vamos explorar cada um deles seguindo a ordem correta.

Flexão

A flexão é um movimento que ocorre no plano sagital, aproximando dois segmentos do corpo, ou seja, o segmento distal se move em direção ao segmento proximal.


Extensão

Assim como a flexão, a extensão também acontece no plano sagital. No entanto, nesse caso, os segmentos proximal e distal se afastam um do outro.

Abdução

A abdução acontece no plano frontal e consiste no movimento de um segmento corporal para longe da linha média do corpo.

Adução

O movimento de adução também ocorre no plano frontal e se refere ao retorno do segmento corporal da posição de abdução para a posição anatômica. Em alguns casos, o movimento pode ultrapassar a linha média do corpo, caracterizando a adução além da linha média.

Circundução

A circundução é um movimento circular que combina flexão, extensão, abdução e adução, fazendo com que o membro descreva um cone no espaço.

Abdução Horizontal

Acontece no plano horizontal, afastando o segmento corporal da linha média do corpo.

Adução Horizontal

Também no plano horizontal, a adução horizontal é o movimento que aproxima o segmento corporal da linha média.

> Para facilitar a compreensão, podemos dizer que a abdução equivale ao ato de abrir, enquanto a adução pode ser entendida como o movimento de fechar.



Rotação Externa

Ocorre no plano horizontal, onde a face anterior do segmento corporal se move em direção ao plano lateral do corpo.

Rotação Interna

Também no plano horizontal, a rotação interna ocorre quando a face anterior do segmento se direciona para o plano mediano do corpo.

Esses são os conceitos fundamentais da cinesiologia. À medida que avançarmos, abordaremos estruturas específicas, como a cintura escapular e a articulação do ombro.



 

domingo, 27 de março de 2022

O que é sarcopenia

Sarcopenia, do grego "perda de carne", refere-se à redução da massa muscular no corpo, um processo natural que ocorre com o envelhecimento e que impacta a qualidade de vida dos idosos.

Esta condição é marcada pela perda de massa e funcionalidade muscular, estando associada a várias disfunções e doenças sistêmicas em idosos. Além disso, a sarcopenia é um dos critérios usados para identificar a síndrome de fragilidade, comum em pessoas idosas, que aumenta o risco de quedas, fraturas, incapacidade, dependência, hospitalização recorrente e mortalidade.


Pesquisas recentes indicam que a sarcopenia está relacionada a um aumento na produção de espécies reativas de oxigênio (ERO), que podem causar a denervação e atrofia das fibras musculares, resultando em perda de força muscular. O envelhecimento é um processo dinâmico, com mudanças morfológicas e fisiológicas que começam ainda na segunda década de vida. Essas alterações se tornam mais perceptíveis na terceira década, afetando a capacidade fisiológica e a resposta ao estresse ambiental, aumentando a vulnerabilidade a doenças.

A sarcopenia está ligada a vários problemas graves, tais como:

- Perda de equilíbrio e dificuldades para caminhar, aumentando o risco de quedas e fraturas.
- Redução da independência nas atividades diárias.
- Maior risco de doenças crônicas, como diabetes e osteoporose.
- Limitações na realização de tarefas cotidianas e mobilidade reduzida.
- Piora na qualidade de vida e no humor dos idosos.
- Diminuição da expectativa de vida.

Existem várias estratégias que podem ajudar a retardar a sarcopenia e a manter a massa muscular e a força ao longo do tempo:

1. Atividade Física Regular: Exercícios de resistência, como musculação, são especialmente eficazes para aumentar e manter a massa muscular. Atividades aeróbicas, como caminhada e natação, também são benéficas para a saúde geral.
2. Alimentação Adequada: Consumir uma dieta rica em proteínas é crucial para a manutenção da massa muscular. Alimentos como carnes magras, peixes, ovos, leguminosas (feijão, lentilha, soja) e produtos lácteos são ótimas fontes de proteínas.
3. Suplementação: Em alguns casos, suplementos de proteínas ou aminoácidos podem ser recomendados, especialmente para idosos que têm dificuldade em obter proteínas suficientes através da alimentação.
4. Hidratação: Manter-se bem hidratado é essencial para a saúde muscular e geral.
5. Evitar o Sedentarismo: Manter-se ativo e evitar longos períodos de inatividade é fundamental para prevenir a perda muscular.

6. Controle de Doenças Crônicas: Gerenciar doenças crônicas como diabetes e doenças cardíacas pode ajudar a retardar a progressão da sarcopenia.
7. Hormônios: O envelhecimento natural leva a uma diminuição nos níveis de hormônios anabólicos, como a testosterona e o hormônio do crescimento, que são importantes para a manutenção muscular. Embora a suplementação hormonal não seja comum, é algo que pode ser discutido com um médico.
8. Qualidade de Sono: Um bom sono é essencial para a recuperação muscular e a saúde geral.

Esse processo é comum em adultos a partir dos trinta anos, quando há uma perda gradual de massa e força muscular.

domingo, 20 de março de 2022

Órteses Rígidas para Tornozelo: Como Funcionam e Quem Deve Usar?

As órteses rígidas para tornozelo são indicadas para pacientes que apresentam dificuldades no controle do membro inferior e da pelve, auxiliando na estabilidade durante a locomoção e na manutenção da postura em pé. Essas órteses são recomendadas em casos de artrodese tibiotársica, pois substituem a mobilidade perdida da articulação e garantem um alinhamento adequado do membro inferior. Também são úteis para pacientes com lesão medular acima de T12, pois oferecem suporte estrutural, favorecendo o equilíbrio e a distribuição da carga corporal.



Além disso, indivíduos com doenças neuromusculares progressivas, como distrofias musculares, podem se beneficiar dessas órteses, já que a fraqueza muscular pode comprometer a estabilidade e eficiência da marcha. Em crianças com paralisia cerebral, o uso da órtese rígida pode ajudar a prevenir contraturas e deformidades, garantindo um alinhamento biomecânico adequado durante o desenvolvimento motor.


Influência das Órteses Rígidas na Biomecânica da Marcha


O uso de órteses rígidas impacta diretamente a biomecânica da marcha, especialmente em pacientes com pé caído. Essa condição, geralmente causada por fraqueza nos músculos dorsiflexores, pode levar a tropeços frequentes e maior risco de quedas. A órtese mantém o pé em uma posição neutra, facilitando o contato inicial com o solo e promovendo um padrão de marcha mais eficiente e seguro.


Além disso, as órteses rígidas ajudam a alongar o músculo sóleo e gastrocnêmio, que frequentemente sofrem encurtamento devido à posição inadequada do pé. Por outro lado, músculos como o tibial anterior, o extensor longo do hálux e o extensor longo dos dedos permanecem alongados, o que pode afetar sua ativação e limitar certos movimentos, como a eversão e a inversão do pé.


Em crianças que utilizam órteses rígidas para os membros inferiores, podem ocorrer alterações na marcha. A restrição da mobilidade articular pode comprometer a fase de balanço, resultando em uma transição mais abrupta para a fase de apoio. Esse fator pode impactar a extensão do joelho e a estabilidade pélvica, exigindo adaptações na locomoção.


O Papel da Fisioterapia na Adaptação às Órteses Rígidas


A fisioterapia desempenha um papel essencial na adaptação ao uso de órteses rígidas, contribuindo para a melhoria do controle motor, da mobilidade e da funcionalidade do paciente. Entre os principais benefícios da fisioterapia nesse contexto, destacam-se:


Reeducação postural e da marcha: Técnicas específicas ajudam o paciente a se adaptar à nova biomecânica imposta pela órtese, promovendo uma marcha mais eficiente e reduzindo compensações inadequadas.


Prevenção de encurtamentos musculares: Exercícios de alongamento auxiliam na manutenção da flexibilidade muscular, prevenindo rigidez e contraturas decorrentes do uso prolongado da órtese.


Fortalecimento muscular: Programas de fortalecimento específicos ajudam a compensar a perda de ativação de determinados músculos, melhorando a estabilidade do membro inferior e da pelve.


Treinamento de equilíbrio e propriocepção: Exercícios proprioceptivos auxiliam no desenvolvimento do controle corporal, reduzindo o risco de quedas e melhorando a independência funcional do paciente.


Melhoria da funcionalidade global: Além da marcha, a fisioterapia contribui para uma melhor qualidade de vida, permitindo que o paciente realize suas atividades diárias com mais segurança e conforto.



Considerações Finais


O uso de órteses rígidas é uma estratégia fundamental para melhorar a funcionalidade de pacientes com comprometimentos neuromusculares e ortopédicos. No entanto, sua prescrição deve ser individualizada, considerando as necessidades específicas de cada paciente. O acompanhamento fisioterapêutico é essencial para otimizar os benefícios da órtese, prevenindo complicações musculoesqueléticas e promovendo uma melhor adaptação ao dispositivo.


Referências:


Carvalho, J. Órteses: um recurso terapêutico complementar – 2ª ed., Cap. 4.


Oatis, C. Cinesiologia: A Mecânica e a Patomecânica do Movimento Humano, p. 875.


Vasconcelos, G. Órtese e Prótese, p. 138.


sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Queimaduras: Classificação e Tratamento


As queimaduras são lesões traumáticas na pele e tecidos subjacentes causadas por agentes térmicos, químicos, elétricos ou por radiação. Além das lesões locais, queimaduras extensas podem desencadear complicações sistêmicas graves, afetando a respiração, circulação, metabolismo e função renal.

Nas últimas duas décadas, os avanços na terapia antimicrobiana, nas técnicas cirúrgicas e na qualificação das equipes multidisciplinares contribuíram significativamente para o aumento da taxa de sobrevivência dos pacientes queimados. Além disso, o desenvolvimento de abordagens fisioterapêuticas especializadas tem sido essencial para minimizar sequelas funcionais e estéticas, promovendo uma melhor qualidade de vida.


Classificação das Queimaduras

As queimaduras podem ser classificadas com base em diferentes critérios, incluindo agente causal, profundidade da lesão, extensão da área atingida, gravidade e processo de cicatrização.

1. Classificação pelo Agente Causal

Os principais agentes causadores de queimaduras incluem:

Térmicos: Exposição direta ao calor, como chamas, líquidos quentes, vapor, superfícies quentes e objetos incandescentes.

Químicos: Contato com substâncias corrosivas, como ácidos e bases fortes. Essas queimaduras podem continuar a se aprofundar enquanto a substância permanecer em contato com a pele.

Elétricos: Descargas elétricas de baixa ou alta voltagem, que podem causar necrose tecidual profunda, lesões internas e arritmias cardíacas.

Radiação: Exposição excessiva à radiação ionizante (como raios-X) ou não ionizante (como queimaduras solares intensas).



2. Classificação pela Profundidade da Lesão

A profundidade da queimadura depende da intensidade da exposição e do tempo de contato com o agente agressor.

Queimaduras de Primeiro Grau:

Atingem apenas a epiderme (camada mais superficial da pele).

Caracterizam-se por vermelhidão (eritema), dor e sensibilidade aumentada.

Exemplos: queimadura solar leve.


Queimaduras de Segundo Grau:

Atingem a epiderme e parte da derme.

Podem ser classificadas em:

Superficiais: Apresentam bolhas (flictenas), dor intensa e aspecto avermelhado.

Profundas: Atingem camadas mais profundas da derme, podendo reduzir a sensibilidade e apresentar uma coloração pálida ou avermelhada.



Queimaduras de Terceiro Grau:

Afetam todas as camadas da pele, incluindo músculos, tendões e até ossos.

A pele pode apresentar-se esbranquiçada, acinzentada ou carbonizada.

Geralmente, são indolores devido à destruição das terminações nervosas.




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3. Avaliação da Extensão da Queimadura

A gravidade da queimadura depende não apenas da profundidade da lesão, mas também da sua extensão. Existem métodos padronizados para calcular a área total queimada:

Regra dos Nove: Divide o corpo humano em regiões anatômicas, cada uma correspondendo a 9% da superfície corporal total (exceto o períneo, que corresponde a 1%). É útil para estimar rapidamente a área queimada em adultos.

Método de Lund e Browder: Considerado mais preciso, pois leva em conta a idade do paciente e atribui percentuais específicos para cada região do corpo, permitindo uma avaliação mais detalhada da superfície corporal queimada (SCQ).



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4. Classificação pela Gravidade

A gravidade da queimadura é avaliada com base na profundidade da lesão, extensão da área atingida e presença de complicações sistêmicas. Pode ser classificada em:

Leve: Queimaduras de primeiro grau ou de segundo grau com menos de 10% da superfície corporal comprometida.

Moderada: Queimaduras de segundo grau entre 10% e 20% da superfície corporal ou queimaduras de terceiro grau menores que 10%.

Grave: Queimaduras de segundo grau que afetam mais de 20% do corpo, queimaduras de terceiro grau acima de 10% ou queimaduras elétricas e químicas extensas.



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5. Processo de Cicatrização

A recuperação das queimaduras ocorre em fases:

Primeiro grau: A pele se regenera rapidamente, sem deixar cicatrizes.

Segundo grau: Se superficial, a pele regenera sem grandes alterações. Se profunda, pode resultar em cicatrizes hipertróficas.

Terceiro grau: Há formação de tecido cicatricial, podendo causar sequelas estéticas e funcionais.



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Complicações das Queimaduras

Queimaduras extensas podem causar diversas complicações, incluindo:

1. Complicações Respiratórias

Queimaduras na região do rosto, nariz e boca podem levar à inalação de fumaça e lesão das vias aéreas, resultando em insuficiência respiratória. A gravidade da lesão pulmonar está diretamente relacionada à idade do paciente e à porcentagem da área queimada.

2. Complicações Renais e Urinárias

Pacientes com queimaduras em 70% a 90% da superfície corporal correm risco de insuficiência renal devido à hipovolemia (diminuição do volume sanguíneo) e liberação de mioglobina no sangue.

3. Complicações Infecciosas

A pele é a principal barreira contra infecções, e sua destruição facilita a entrada de microrganismos, aumentando o risco de sepse.



Tratamento das Queimaduras

O tratamento depende da gravidade da lesão e pode incluir:

Cuidados iniciais: Resfriamento da área queimada (com água corrente por até 20 minutos), cobertura com curativos limpos e controle da dor.

Reposição volêmica: Em queimaduras extensas, é essencial a administração de fluidos intravenosos para evitar choque hipovolêmico.

Tratamento cirúrgico: Em casos de queimaduras profundas, pode ser necessária a remoção do tecido necrótico e enxertos de pele.

Uso de antibióticos: Indicado para prevenir infecções secundárias.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Dores nas Costas: Causas, Identificação e Cuidados

As dores nas costas são um problema comum e  ter diversas causas, como fatores musculares, deslizamento do líquido intervertebral, problemas posturais devido ao excesso de carga, inflamações e até infecções. Identificar corretamente o tipo de dor é essencial para adotar o tratamento adequado e evitar complicações.


Principais Tipos de Dor nas Costas e Como Identificá-los

1. Dor Muscular

A dor muscular geralmente ocorre devido à tensão excessiva, má postura, sobrecarga ou esforço repetitivo. Suas principais características incluem:
✔ Sensação de queimação na região afetada.
✔ Leve aquecimento no local ao toque.
✔ Inchaço perceptível ao pressionar a área com as mãos ou os polegares.
✔ Sensação de repuxo no músculo, que pode irradiar para outras regiões.
✔ Melhora com repouso e piora ao movimentar o músculo afetado.

2. Dor Ligamentar

A dor ligamentar está relacionada a lesões ou distensões nos ligamentos, estruturas que conectam os ossos e proporcionam estabilidade. Pode ocorrer devido a movimentos bruscos, torções ou sobrecarga. Os sintomas incluem:
✔ Dor ao final de um movimento, especialmente em atividades físicas.
✔ Desconforto após longos períodos na mesma posição.
✔ Sensação de instabilidade na região afetada.
✔ Pode vir acompanhada de inchaço e limitação de movimento.

3. Dor na Parte Superior da Coluna (Tendinosa)

Essa dor pode ser causada por inflamação nos tendões que conectam os músculos das costas aos ombros, como os do manguito rotador. Normalmente, ocorre devido a esforços repetitivos, má postura ou sobrecarga nos ombros. Os sintomas incluem:
✔ Dor ao realizar movimentos repetitivos, como levantar objetos.
✔ Rigidez na região dos ombros e parte superior das costas.
✔ Dificuldade em levantar os braços acima da cabeça.

Sinais de Alerta: Quando Procurar um Médico?

Além das dores musculares e ligamentares, algumas condições podem indicar problemas mais graves, como inflamações ou infecções. Fique atento aos seguintes sinais:

✔ Inflamação: Se houver dor intensa, calor excessivo e alteração da coloração da pele (vermelho, roxo ou amarelo), pode haver um edema (acúmulo de líquido na região).

✔ Infecção: Quando a dor é acompanhada de febre, inchaço intenso e presença de pus, pode haver uma infecção na área. Nesse caso, procure um médico imediatamente.

✔ Dor crônica ou persistente: Se a dor durar mais de seis semanas sem melhora ou vier acompanhada de formigamento, perda de força ou dificuldade para caminhar, pode ser um sinal de problema mais sério, como hérnia de disco ou compressão nervosa.

Cuidados e Prevenção

Para evitar ou aliviar dores nas costas, algumas medidas podem ser adotadas:

✔ Mantenha uma boa postura ao sentar, caminhar e carregar objetos.
✔ Evite levantar pesos de forma incorreta, dobrando os joelhos ao invés de curvar a coluna.
✔ Pratique exercícios físicos regularmente, fortalecendo a musculatura das costas e do abdômen.
✔ Alongue-se diariamente para manter a flexibilidade muscular.
✔ Evite ficar muito tempo na mesma posição, seja sentado ou em pé.
✔ Aplique compressas quentes ou frias conforme a necessidade para aliviar a dor e a inflamação.
✔ Busque orientação médica ou fisioterapêutica em caso de dores persistentes.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

nervos e ramos espinhais

Os nervos espinhais tem sua origem na medula espinhal e saem do canal vertebral pelos foramesm intervertebral , o nervo se bifurca formando um ramo vertebral motor e um ramo dorsal sensitivo .
  Os ramos ventrais dos nervos espinhais são mais calibrosos e longos , formam plexos ( cervical e braquial , lombar , sacral e coccigeo); ramos médiais inervam os músculos multifidos da espinha ( os três inferiores enviam também pequenos ramos sensitivos para pele e região sacral; já os ramos laterais os três superiores fornecem ramos ramos para os músculos sacroespinhais adjacentes e se tornan os nervos glúteos superiores cutâneos , os dois ramos laterais inferiores são pequenos e terminan nós músculos sacroespinhais .
Os ramos dorsais o plexos lombar localizado no interior do músculos psoas, é a porção superior do plexo lombossacral .
 Formado pelas divisões anteriores dos três primeiros nervos lombares e parte do quarto, e em 50%  dos casos ele recebe uma contribuição dos últimos nervos torácico. os nervos l1 l2 e l4 dividem-se em superior  e inferior , o ramo superior da l1 forma os nervos ílio-hipogástrico e ilioinguinal . O ramo inferior de l1 une-se ao ramo superior de l2 para formar o nervo gênito-femural . O ramo inferior de l4 une-se a l5 para formar o tronco lombossacral , as três divisões anteriores une-se para formar o nervo obturatorio , e as três divisões posteriores unem-se para formar o nervo femoral, e as duas superiores fornecem ramos que formam o nervo cutaneo lateral da coxa . Os ramos motores calaterais inervam os músculos quadrado lombar a partir de l1 e l4 , e o músculo psoas a partir de l2 e l3.
  O nervo femoral é o maior plexo lombar origina-se das tres divições posteriores do plexo, que são derivadas do segundo , terceiro  e quarto nervos lombares.
  O ramos sensitivos compreendem os ramos cutâneos anteriores da coxa e o nervo safeno para o lado medial da perna e pé , o nervo obturatório  origina-se do plexo lombar por meio das três divisões anteriores do plexo , que são derivadas do segundo , terceiro e quarto nervos lombares .
  Já os ramos motores inervam os musculos obturatório externo , adutor magno , adutor longo e curto e o músculo grácil.; os ramos sensitivos do ramo anterior fornecem inervação para a articulção do quadril e uma pequena área de pele sobre a parte interna media da coxa.
   O nervo sacrais são cinco pares de nervos espinhais derivados de segmentos da medula espinhal , localizados em  posição oposta aos corpos da decima segunda vertebra torácica e primeira lombar . As quatro divisões primeiras posteriores superiores passam através dos forames sacrais posteriores , como a quinta divisão emergino entre o saco e o cóccix , as três superiores dividem-se em dois conjuntos de ramos mediais , que são distribuidos para os músculos multifidos, e ramos laterais, que se tornam nervos gluteos mediais e inervam a pele da parte medial do glúteo maximo.

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