Sabendo se disso vamos para a próxima etapa e é de fundamental importância para o fisioterapeuta saber avaliar as
disfunções dos diversos sistemas para eleger o melhor tratamento. A semiologia do
sistema respiratório é constituída de quatro etapas são elas exame Físico do Sistema Respiratório, ausculta Pulmonar; avaliação de Sinais e Sintomas e radiografia de Tórax, primeiramente vamos falar de inspeção mais oque é a inspeção a inspeção é a visualização do tórax, o terapeuta não interfere no padrão
respiratório. Devem-se observar os músculos respiratórios, presença de retrações,
simetria, deformidades e aumento do diâmetro torácico. Outros
aspectos importantes são observar se há presença de cianose (figuras 8-1 e 2) e
baqueteamento/hipocratismo digital, além de deformidades pouco comuns
como pectus escavatum e carinatum.
Faz parte também da inspeção a avaliação da frequência respiratória
(taquipneia, bradipneia) e ritmo respiratório (resp. de Cheyne-Stokes, Biot e
Kusmaull) e detectar se há sinais de insuficiência respiratória (taquipneia com uso
de mm acessória, tiragem e respiração paradoxal).
Esses termos supracitados serão melhores elucidados nos respectivos
capítulos de fisioterapia em pacientes neurológicos e insuficiência respiratória.
Passando pela inspeção teremos a palpação, essa etapa do exame físico consiste na avaliação palpatória das partes
moles das regiões cervical e torácica com o objetivo de detectar a presença de
contraturas dos músculos acessórios (mm. Esternocleidomastoídeo/escaleno),
atrofias, enfisema subcutâneo e presença e/ou aumento de gânglios.
A sensibilidade torácica, por exemplo, na pesquisa a fratura na costela tem o
intuito saber se a dor é palpatória ou não.
A elasticidade torácica é avaliada com uma das mãos nas costas e outra na
face anterior do tórax, procurando aproximar as duas e observar a resistência.
A Expansibilidade torácica é avaliada por regiões como, expansibilidade do
lobo superior, médio e inferior para saber se há simetria entre os pulmões e ter ideia
se o ar está distribuindo-se de forma homogênea para todas as regiões pulmonares.
O frêmito é avaliado por meio da colocação das mãos na região torácica
com intuito de perceber como o som se propaga pela parede torácica, passando
pelo parênquima pulmonar, dessa forma, pode-se, com outras partes do exame
físico, deduzir o tipo e local do distúrbio.
Na etapa seguinte consiste na percussão que tem como função avaliar de maneira rápida a presença de
anormalidades por meio da propagação do som pelos tecidos.
A percussão é classificada em quatro tipos:
Normal: som claro pulmonar aparece em pulmões saudáveis e afecções
brônquicas em que o parênquima pulmonar é preservado, macicez: ocorre em condições extensas e superficiais como atelectasias,
pneumonias extensas, condensações por infartos pulmonares, massa tumoral, esclerose pulmonar ou por presença de líquido interposto como derrame pleural de
grande volume. submacicez: situações intermediárias, em que há presença de
líquido/condensação e ar em uma proporção que há alteração do som, porém não o
bastante para ser uma macicez. timpânico: nos casos de Enfisema Pulmonar e Pneumotórax em que há
pouco ou nenhum tecido pulmonar interposto logo após temos como procedimento a ausculta pulmonar traqueal: este som é caracteristicamente presente quando se ausculta
a traqueia.
É um som forte, duro e oco e é o de volume mais alto encontrado e tem a duração de todo ciclo respiratório (fase inspiratória e expiratória), bronquial: é auscultado sobre o manúbrio do osso esterno é forte, porém menos duro que o traqueal, oco e com alto volume, a duração é de todo ciclo respiratório, broncovesicular: Auscultado sobre os brônquios principais, é suave, de médio volume e presente em todo ciclo. vesicular: auscultado na periferia pulmonar, é o mais suave de todos, é de baixo volume e está presente na fase inspiratória e no início da expiratória
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