Ondas do eletrocardiograma são as variações no traçado gerado pelo exame
Existem seis ondas registradas no resultado do ECG. São elas: P, Q, R, S, T e U.
Cada onda, intervalo ou complexo representa uma fase da passagem dos impulsos elétricos responsáveis pela atividade elétrica cardíaca.
Antes de especificar o que as ondas indicam, é importante entender o funcionamento do coração.
O músculo cardíaco é responsável pelo bombeamento do sangue por todo o organismo, realizado através de batimentos.
Cada batida só acontece porque impulsos elétricos passam pelos nervos dentro do músculo que forma as câmaras cardíacas – os átrios e ventrículos.
Os impulsos nascem no chamado nodo ou nó sinusal, que fica no ponto mais alto do átrio direito.
Em seguida, provocam a despolarização elétrica, ou seja, fazem com que entrem íons de cálcio nas células cardíacas e saia potássio. Como resposta, o coração se contrai.
Já na repolarização, que ocorre depois da contração, as células recebem para o seu interior os íons potássio e se preparam para uma nova despolarização – lembrando que o coração não para.
Esse processo ocorre primeiro no átrio direito e, depois, vai para o átrio esquerdo.
Na sequência, o impulso elétrico chega ao nó atrioventricular (localizado entre os átrios e os ventrículos) e segue para os dois ventrículos, causando sua despolarização.
Assim, as câmaras se contraem, bombeando o sangue pelo corpo
Para calcular o eixo elétrico do complexo QRS, são usadas as derivações periféricas do ECG.
É necessário lembrar que as seis derivações representam um mesmo estímulo elétrico, visto de pontos de vista diferentes – da esquerda, direita, de cima e de baixo.
A situação mais corriqueira é que o complexo QRS seja positivo nas derivações D1 e aVF. Nesse caso, o eixo estará entre 0º e 90º.
Assim, é preciso avaliar o traçado nas derivações D3 e aVL, que atravessam as duas primeiras.
Caso o QRS seja negativo em D3, o eixo estará posicionado entre 0º e 30º.
Já se o QRS foi isoelétrico em D3, o eixo estará exatamente na linha de aVR, a 30º.
Por fim, se o complexo estiver positivo em D3, estará abaixo da linha de aVR, entre 30º e 90º0